Um pequeno acidente de percurso fez o Jornalheiros migrar para este endereço: http://jornalheirosec.blogspot.com/ Nada do conteúdo se perdeu. Nos próximos dias, decidiremos o que fazer, se continuar aqui ou ir para o novo.
A opinião de vocês leitores vai ajudar bastante. Desculpem-nos o transtorno, mas acessem:
domingo, 10 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
Não é pra qualquer um – Ser honesto ou ser campeão?
No melhor estilo Arena Sportv de começar o programa, “vamos tratar hoje do assunto ética no esporte”. Até onde, caro leitor, você acredita que o fair play é válido? Em qualquer momento de uma competição? Ou se deve ignorar essa “regra”, caso o título desta esteja muito próximo?
Um exemplo que trago hoje é o de um dos esportes que costumo escrever sobre neste blog – o ciclismo. Na edição deste ano da Volta da França - competição que, como explicitei em um de meus textos, é uma das que mais amo -, o vencedor foi o grande Alberto Contador. Foi o terceiro título do espanhol, que teve méritos na vitória, mas talvez não 100% deles.
Na 15ª das 20 etapas, Contador era o segundo na classificação geral, 31 segundos atrás do jovem Andy Schleck. Quase no fim dessa etapa, os dois ciclistas se encontravam próximos, o que não mudaria nada na disputa pela camisa amarela (a camisa amarela é usada pelo líder geral do Tour, para que este se destaque no meio do pelotão). Mas Schleck foi ousado e optou por realizar um ataque, para se distanciar de Contador e aumentar alguns segundos na classificação.
Durante o ataque, sua corrente se soltou (confira o vídeo abaixo)! É difícil afirmar se foi um erro na passagem de marcha ou se foi um mero “azar”. No Tour de France, se preza muito a honestidade, ou seja, se aproveitar do erro do adversário não agrada muito o público. Mas quem disse que Contador (de camisa azul claro e amarelo) se importa? Na mesma hora, ao ver Schleck parado, ele “sprintou” (pedalou forte) e acabou com a diferença de tempo, tomando a camisa amarela e confirmando o tri-campeonato quatro dias mais tarde.
Nas etapas seguintes, Contador foi vaiado todas as vezes em que subiu ao pódio. Talvez o episódio da briga com Lance Armstrong no ano anterior, quando eram da mesma equipe e ambos queriam ser o capitão da mesma, tenha pesado para que Contador fosse considerado o vilão da história.
Ele afirmou que não viu que Schleck estava com problemas mecânicos e que, se tivesse visto, não daria o sprint. Tá bom!
Mas o que dizer, leitor? O que pensa sobre essa atitude? Foi covardia ou estratégia? O que você faria?
Um adendo
Para os que não acham graça em ciclismo, mas que estão pensando em dar, pelo menos, uma espiada no esporte para depois tirar conclusões sobre se é ruim ou não (coisa que fiz com todos os esportes que gosto), confiram o vídeo abaixo. É o duelo entre Schleck e Contador na montanha mais dura do Tour, o Col du Tourmalet, na etapa 17. No curto tempo em que acompanho Le Tour, foi o momento mais emocionante que acompanhei e ao vivo. Confira.
Um exemplo que trago hoje é o de um dos esportes que costumo escrever sobre neste blog – o ciclismo. Na edição deste ano da Volta da França - competição que, como explicitei em um de meus textos, é uma das que mais amo -, o vencedor foi o grande Alberto Contador. Foi o terceiro título do espanhol, que teve méritos na vitória, mas talvez não 100% deles.
Na 15ª das 20 etapas, Contador era o segundo na classificação geral, 31 segundos atrás do jovem Andy Schleck. Quase no fim dessa etapa, os dois ciclistas se encontravam próximos, o que não mudaria nada na disputa pela camisa amarela (a camisa amarela é usada pelo líder geral do Tour, para que este se destaque no meio do pelotão). Mas Schleck foi ousado e optou por realizar um ataque, para se distanciar de Contador e aumentar alguns segundos na classificação.
Durante o ataque, sua corrente se soltou (confira o vídeo abaixo)! É difícil afirmar se foi um erro na passagem de marcha ou se foi um mero “azar”. No Tour de France, se preza muito a honestidade, ou seja, se aproveitar do erro do adversário não agrada muito o público. Mas quem disse que Contador (de camisa azul claro e amarelo) se importa? Na mesma hora, ao ver Schleck parado, ele “sprintou” (pedalou forte) e acabou com a diferença de tempo, tomando a camisa amarela e confirmando o tri-campeonato quatro dias mais tarde.
Nas etapas seguintes, Contador foi vaiado todas as vezes em que subiu ao pódio. Talvez o episódio da briga com Lance Armstrong no ano anterior, quando eram da mesma equipe e ambos queriam ser o capitão da mesma, tenha pesado para que Contador fosse considerado o vilão da história.
Ele afirmou que não viu que Schleck estava com problemas mecânicos e que, se tivesse visto, não daria o sprint. Tá bom!
Mas o que dizer, leitor? O que pensa sobre essa atitude? Foi covardia ou estratégia? O que você faria?
Um adendo
Para os que não acham graça em ciclismo, mas que estão pensando em dar, pelo menos, uma espiada no esporte para depois tirar conclusões sobre se é ruim ou não (coisa que fiz com todos os esportes que gosto), confiram o vídeo abaixo. É o duelo entre Schleck e Contador na montanha mais dura do Tour, o Col du Tourmalet, na etapa 17. No curto tempo em que acompanho Le Tour, foi o momento mais emocionante que acompanhei e ao vivo. Confira.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
“Aberrações futebolísticas” – Nottingham Forest
Talvez a denominação correta para o post de hoje seja "Interrogação futebolística".
Digo interrogação porque é difícil classificar um time do tamanho do Nottingham Forest.
Se um clube for considerado grande pelos seus títulos, há de se ressaltar que o Forest foi bicampeão da Champions League entre 1979 e 1980 (troféu que Arsenal e Chelsea, por exemplo, não têm até hoje), duas Copas da Inglaterra, quatro Copas da Liga Inglesa e mais um Campeonato Inglês, só pra citar as maiores glórias. Nada mau...
Agora, o que torna um clube pequeno? Rebaixamentos sucessivos? Falência? Pois os Reds não só faliram de fato em 1914, como também passaram a maior parte dos últimos 122 anos (quando o Campeonato Inglês começou a ser disputado) na segunda divisão. Não obstante, são os únicos campeões europeus a já terem sido rebaixados à terceirona. Nada bom...
(a título de curiosidade, Reds é um apelido clichê de times ingleses, não? Pois o Forest foi o primeiro de todos eles a usar vermelho, sendo, portanto, os Reds originais)
Quanto à torcida, não é tão numerosa como a de um Newcastle ou um West Ham, mas tão apaixonada quanto – algo parecido com a do Bahia e do Santa Cruz, que, mesmo em divisões inferiores, batem recordes de público no Brasil. Na última edição da segundona inglesa, a força da torcida foi o combustível que carregou o Nottingham Forest à fase final dos playoffs, quando o time perdeu para o Blackpool – e, por pouco, não retornou à elite.
Moral da história: qual o tamanho do Forest, afinal? Creio que, ao invés de classificar como grande, pequeno ou médio, dá mais certo chamar de aberração mesmo.
Um dos velhos chavões esportivos diz que futebol é momento. Mas pouquíssimos clubes no mundo variam tanto entre os extremos como o Nottingham Forest.
Digo interrogação porque é difícil classificar um time do tamanho do Nottingham Forest.
Se um clube for considerado grande pelos seus títulos, há de se ressaltar que o Forest foi bicampeão da Champions League entre 1979 e 1980 (troféu que Arsenal e Chelsea, por exemplo, não têm até hoje), duas Copas da Inglaterra, quatro Copas da Liga Inglesa e mais um Campeonato Inglês, só pra citar as maiores glórias. Nada mau...
Agora, o que torna um clube pequeno? Rebaixamentos sucessivos? Falência? Pois os Reds não só faliram de fato em 1914, como também passaram a maior parte dos últimos 122 anos (quando o Campeonato Inglês começou a ser disputado) na segunda divisão. Não obstante, são os únicos campeões europeus a já terem sido rebaixados à terceirona. Nada bom...
(a título de curiosidade, Reds é um apelido clichê de times ingleses, não? Pois o Forest foi o primeiro de todos eles a usar vermelho, sendo, portanto, os Reds originais)
Quanto à torcida, não é tão numerosa como a de um Newcastle ou um West Ham, mas tão apaixonada quanto – algo parecido com a do Bahia e do Santa Cruz, que, mesmo em divisões inferiores, batem recordes de público no Brasil. Na última edição da segundona inglesa, a força da torcida foi o combustível que carregou o Nottingham Forest à fase final dos playoffs, quando o time perdeu para o Blackpool – e, por pouco, não retornou à elite.
Moral da história: qual o tamanho do Forest, afinal? Creio que, ao invés de classificar como grande, pequeno ou médio, dá mais certo chamar de aberração mesmo.
Um dos velhos chavões esportivos diz que futebol é momento. Mas pouquíssimos clubes no mundo variam tanto entre os extremos como o Nottingham Forest.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
"Olho na prancheta!" - Modelo de sucesso
Nosso hierárquico Pedrosa, extinguiu sem piedade, esta querida seção... Mas não se preocupem meus amigos, a pedido de blogueiros, ressuscitei o “Olho na prancheta!”.
E tentaremos resgatar com estilo! Sempre quis fazer uma analogia tática entre os dois maiores clubes da Espanha e do mundo: Barcelona e Real Madrid.
Não vou esconder para vocês. Sempre preferi o time da Catalunha (e continuo torcendo), desde a época de Luís Enrique, Rivaldo e Kluivert, quando eu jogava o clássico Fifa 98. Valorizo muito a sua política de revelar jogadores, ao invés, de tratar o dinheiro como se fosse papel.
De um lado, o Real Madrid. Não precisa dizer nada. 31 títulos nacionais, “só” nove Liga dos Campeões, três Mundiais, duas Copas da UEFA etc... Time de craques: Zidane, Raul, Roberto Carlos, Ronaldo, Di Stéfano, Puskas, Hagi... Esses tiveram a glória de passar por lá.
Nos últimos 20 anos, foram 10 títulos espanhóis. O Barcelona de Romário, Ronaldo, Rivaldo, Kluivert e “Pepito” Guardiola, atual técnico, levantaram o caneco nacional em 20 oportunidades. Ainda possui, em seu hall, três Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes entre outros. Não fica muito longe.
Mas de 2004 para cá, quem manda é o time de Camp Nou. Não pára de surgir craques naquelas bandas. Ronaldinho, Eto’o, Xavi, Iniesta, Messi são alguns exemplos.
Enquanto que o clube da capital tenta reeditar o memorável time de 00-02, liderado por Zidane & Cia.
Agora vamos ao que interessa. Após esta pequena introdução, farei uma comparação tática dos dois times na atual temporada.
Vamos lá!
Vejamos que o Cristiano faz a função, tanto de segundo atacante, se aproximando do Higuaín, como também um ponta de lança, aberto pela direita. Di María é quase um quarto homem de meio-de-campo. Mourinho arma o time com dois volantes mais fixos ou até promovendo a entrada de mais um (Lass Diarra) na posição do Özil. Assim, Sergio Ramos e Marcelo possuem mais liberdade para sair.
O Barça foi o clube que fez voltar à tradição do 4-3-3 ou 4-2-3-1. O time vencedor de Ronaldinho já utilizava esta função. Veio Messi, e a escalação permaneceu. Não é a toa, ganhou tudo com esta formação. O time não mudou, taticamente, em relação à última temporada. A saída de Yaya Touré foi suprida com a contratação do Mascherano. O jovem Pedro faz a mesma função do francês Henry. Idem para Villa no lugar do Ibra. Messi joga, como de costume, na ponta direita cortando para o meio e promovendo jogadas com Xavi e Daniel Alves. O matador Villa na frente. Um time a cada ano mais forte... E avassalador!
Inté!
E tentaremos resgatar com estilo! Sempre quis fazer uma analogia tática entre os dois maiores clubes da Espanha e do mundo: Barcelona e Real Madrid.
Não vou esconder para vocês. Sempre preferi o time da Catalunha (e continuo torcendo), desde a época de Luís Enrique, Rivaldo e Kluivert, quando eu jogava o clássico Fifa 98. Valorizo muito a sua política de revelar jogadores, ao invés, de tratar o dinheiro como se fosse papel.
De um lado, o Real Madrid. Não precisa dizer nada. 31 títulos nacionais, “só” nove Liga dos Campeões, três Mundiais, duas Copas da UEFA etc... Time de craques: Zidane, Raul, Roberto Carlos, Ronaldo, Di Stéfano, Puskas, Hagi... Esses tiveram a glória de passar por lá.
Nos últimos 20 anos, foram 10 títulos espanhóis. O Barcelona de Romário, Ronaldo, Rivaldo, Kluivert e “Pepito” Guardiola, atual técnico, levantaram o caneco nacional em 20 oportunidades. Ainda possui, em seu hall, três Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes entre outros. Não fica muito longe.
Mas de 2004 para cá, quem manda é o time de Camp Nou. Não pára de surgir craques naquelas bandas. Ronaldinho, Eto’o, Xavi, Iniesta, Messi são alguns exemplos.
Enquanto que o clube da capital tenta reeditar o memorável time de 00-02, liderado por Zidane & Cia.
Agora vamos ao que interessa. Após esta pequena introdução, farei uma comparação tática dos dois times na atual temporada.
Vamos lá!
Vejamos que o Cristiano faz a função, tanto de segundo atacante, se aproximando do Higuaín, como também um ponta de lança, aberto pela direita. Di María é quase um quarto homem de meio-de-campo. Mourinho arma o time com dois volantes mais fixos ou até promovendo a entrada de mais um (Lass Diarra) na posição do Özil. Assim, Sergio Ramos e Marcelo possuem mais liberdade para sair.
O Barça foi o clube que fez voltar à tradição do 4-3-3 ou 4-2-3-1. O time vencedor de Ronaldinho já utilizava esta função. Veio Messi, e a escalação permaneceu. Não é a toa, ganhou tudo com esta formação. O time não mudou, taticamente, em relação à última temporada. A saída de Yaya Touré foi suprida com a contratação do Mascherano. O jovem Pedro faz a mesma função do francês Henry. Idem para Villa no lugar do Ibra. Messi joga, como de costume, na ponta direita cortando para o meio e promovendo jogadas com Xavi e Daniel Alves. O matador Villa na frente. Um time a cada ano mais forte... E avassalador!
Inté!
domingo, 3 de outubro de 2010
"Aforismos & Afins" – Lá vem a bola (GOL!!!)
Lá vem a bola!
Não, apenas isso não resume. Aliás, seria um pecado gravíssimo dizer apenas que a bola está vindo, omitindo o fato de que foi um passe magistral, de uma área até a outra, sem escalas.
Agora sim: lá vem a bola.
As leis da Geometria dizem que uma reta define a menor distância entre dois pontos. Mas a trajetória descrita pelo balão de couro parece contrariar qualquer lei. Os zagueiros adversários não passam de meros espectadores: apenas assistem à curva descendente em direção ao gol.
Lá vem a bola!
O atacante já está ali, como se tivesse avisado com antecedência ao executor do passe. Os zagueiros, a esta altura, nada podem fazer para impedí-lo de se encontrar com o objeto esférico que vem em sua direção. O goleiro – a última esperança! – ainda salta, mas talvez, bem no fundo, ele saiba que este é um gesto inútil.
Chegou o momento: lá vem a bola.
Para um artilheiro de ofício, este é o momento em que zagueiros, goleiros, traves, chuteiras, e tudo mais o que houver em volta deixam de existir: sobram apenas ele e a bola. Com ela, ele troca mil confidências em um único toque, sendo capaz de proporcionar uma verdadeira explosão de felicidade através de um gesto tão simples...
A bola veio, afinal. É estranho, mas ela já parecia dominada pelo atacante antes mesmo de chegar ao chão. E, como se fosse a assinatura de uma obra de arte, um leve toque de pé direito a jogou para o fundo das redes.
(Matheus Killer, em algum dia de dezembro de 2008. Não só o texto, o gol também!)
Não, apenas isso não resume. Aliás, seria um pecado gravíssimo dizer apenas que a bola está vindo, omitindo o fato de que foi um passe magistral, de uma área até a outra, sem escalas.
Agora sim: lá vem a bola.
As leis da Geometria dizem que uma reta define a menor distância entre dois pontos. Mas a trajetória descrita pelo balão de couro parece contrariar qualquer lei. Os zagueiros adversários não passam de meros espectadores: apenas assistem à curva descendente em direção ao gol.
Lá vem a bola!
O atacante já está ali, como se tivesse avisado com antecedência ao executor do passe. Os zagueiros, a esta altura, nada podem fazer para impedí-lo de se encontrar com o objeto esférico que vem em sua direção. O goleiro – a última esperança! – ainda salta, mas talvez, bem no fundo, ele saiba que este é um gesto inútil.
Chegou o momento: lá vem a bola.
Para um artilheiro de ofício, este é o momento em que zagueiros, goleiros, traves, chuteiras, e tudo mais o que houver em volta deixam de existir: sobram apenas ele e a bola. Com ela, ele troca mil confidências em um único toque, sendo capaz de proporcionar uma verdadeira explosão de felicidade através de um gesto tão simples...
A bola veio, afinal. É estranho, mas ela já parecia dominada pelo atacante antes mesmo de chegar ao chão. E, como se fosse a assinatura de uma obra de arte, um leve toque de pé direito a jogou para o fundo das redes.
(Matheus Killer, em algum dia de dezembro de 2008. Não só o texto, o gol também!)
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Não é pra qualquer um - A força da paixão
Após três anos longe do basquete profissional, a cidade de Uberlândia retorna ao cenário nacional, para a disputa da temporada 2010/2011 do Novo Basquete Brasil. O Minas Tênis Clube não agradece!
O Minas é, sem dúvidas, um dos clubes mais importantes do Brasil, fazendo frente ao mais que centenário Esporte Clube Pinheiros e ao equivalente Club Athletico Paulistano. Com mais de 70 anos de fundação, o Minas representa com grandeza o estado de Minas Gerais nos principais esportes, como natação, vôlei, futsal, entre outros. Mesmo quem não é sócio do economicamente seleto clube sente ou já se sentiu orgulhoso de ter o nome de Minas sempre bem representado no restante do país.
Porém, no basquete, a história não é das mais vitoriosas. Não tenho dúvidas de que esse problema se deve à falta de amor dos mineiros em geral para com o esporte. Um clube do porte do Minas, se jogasse em São Paulo, seria multi-campeão dentro e fora do país. Mas o “se” é medroso e nunca aparece quando se precisa dele. Às vezes, nem o porte diz muito sobre o sucesso ou não de um clube no basquete brasileiro. Vide o time de Franca, maior campeão da história da liga nacional, com dez títulos. O que mais conta é a paixão da cidade pelo basquete. Franca tem de sobra.
E uma grande demonstração disso aconteceu aqui mesmo, nas Alterosas. Em 1º de junho de 1998, o Uberlândia Tênis Clube, tradicional clube do triângulo mineiro, deu início a suas atividades no basquete profissional. Começou, então, a caminhada vitoriosa do Uberlândia. Primeiro dentro de casa: nos anos de 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006, o título de campeão mineiro ficou no triângulo, ao invés da capital. Exatamente. Nove anos consecutivos sendo vencedor.
Depois disso, veio o sucesso nacional. Em 99, no primeiro nacional que disputou, o Uberlândia ficou a um ponto de figurar entre os oito que disputariam as quartas-de-final. No ano seguinte, 18 vitórias em 26 jogos que garantiram a vice-liderança na primeira fase e classificação à fase semifinal, onde caiu para o Flamengo. Em 2003, após liderar a primeira fase (com o Minas em 2º), chegou à final do torneio, perdendo para Ribeirão Preto. Em 2004, novamente líder da primeira fase, mas desta vez, o título não escapou, nem mesmo enfrentando o poderoso rubro-negro da gávea.
O ápice das conquistas do time mineiro veio em 2005. Campeão da América! Juntamente com o Vasco da Gama, se tornou o único clube brasileiro, dentre os milhares de argentinos, a sagrar-se vencedor da Liga Sulamericana de Basquete.
O Minas? Apenas assistindo.
Mas em 2007, por falta de patrocínio e apoio econômico, o Uberlândia encerrou as atividades no basquete profissional. Sim, é simples assim. O basquete brasileiro é ignorado de tal maneira, que um campeão continental simplesmente fecha as portas por falta de dinheiro.
Três anos em que o Minas nunca passou da semifinal do nacional. Nem mesmo sem seu principal rival da década.
Mas no Novo Basquete Brasil que se inicia no dia 29 deste mês, o Uberlândia está de volta! Alguns de seus ídolos dos anos de glórias, como Estevam, Brasília e Valtinho (foto ao lado) abandonaram seu clube para retornar à cidade que os consagrou. Não abandonaram um clube qualquer. Foi o atual campeão brasileiro, o Brasília.
O Minas é, sem dúvidas, um dos clubes mais importantes do Brasil, fazendo frente ao mais que centenário Esporte Clube Pinheiros e ao equivalente Club Athletico Paulistano. Com mais de 70 anos de fundação, o Minas representa com grandeza o estado de Minas Gerais nos principais esportes, como natação, vôlei, futsal, entre outros. Mesmo quem não é sócio do economicamente seleto clube sente ou já se sentiu orgulhoso de ter o nome de Minas sempre bem representado no restante do país.
Porém, no basquete, a história não é das mais vitoriosas. Não tenho dúvidas de que esse problema se deve à falta de amor dos mineiros em geral para com o esporte. Um clube do porte do Minas, se jogasse em São Paulo, seria multi-campeão dentro e fora do país. Mas o “se” é medroso e nunca aparece quando se precisa dele. Às vezes, nem o porte diz muito sobre o sucesso ou não de um clube no basquete brasileiro. Vide o time de Franca, maior campeão da história da liga nacional, com dez títulos. O que mais conta é a paixão da cidade pelo basquete. Franca tem de sobra.
E uma grande demonstração disso aconteceu aqui mesmo, nas Alterosas. Em 1º de junho de 1998, o Uberlândia Tênis Clube, tradicional clube do triângulo mineiro, deu início a suas atividades no basquete profissional. Começou, então, a caminhada vitoriosa do Uberlândia. Primeiro dentro de casa: nos anos de 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006, o título de campeão mineiro ficou no triângulo, ao invés da capital. Exatamente. Nove anos consecutivos sendo vencedor.
Depois disso, veio o sucesso nacional. Em 99, no primeiro nacional que disputou, o Uberlândia ficou a um ponto de figurar entre os oito que disputariam as quartas-de-final. No ano seguinte, 18 vitórias em 26 jogos que garantiram a vice-liderança na primeira fase e classificação à fase semifinal, onde caiu para o Flamengo. Em 2003, após liderar a primeira fase (com o Minas em 2º), chegou à final do torneio, perdendo para Ribeirão Preto. Em 2004, novamente líder da primeira fase, mas desta vez, o título não escapou, nem mesmo enfrentando o poderoso rubro-negro da gávea.
O ápice das conquistas do time mineiro veio em 2005. Campeão da América! Juntamente com o Vasco da Gama, se tornou o único clube brasileiro, dentre os milhares de argentinos, a sagrar-se vencedor da Liga Sulamericana de Basquete.
O Minas? Apenas assistindo.
Mas em 2007, por falta de patrocínio e apoio econômico, o Uberlândia encerrou as atividades no basquete profissional. Sim, é simples assim. O basquete brasileiro é ignorado de tal maneira, que um campeão continental simplesmente fecha as portas por falta de dinheiro.
Três anos em que o Minas nunca passou da semifinal do nacional. Nem mesmo sem seu principal rival da década.
Mas no Novo Basquete Brasil que se inicia no dia 29 deste mês, o Uberlândia está de volta! Alguns de seus ídolos dos anos de glórias, como Estevam, Brasília e Valtinho (foto ao lado) abandonaram seu clube para retornar à cidade que os consagrou. Não abandonaram um clube qualquer. Foi o atual campeão brasileiro, o Brasília.
O Minas, por sua vez, deixou ir embora a base de seu time titular: Luiz Felipe, o americano Jeffries, Drudi e o melhor pivô da temporada passada, Murilo. O que fazer? O que esperar de um clube que trata o basquete profissional com tanto descaso? Aliás, até mesmo as categorias de base. Pois quem já jogou sabe o quão vitorioso o clube é na base, mas o que se faz com o talento desses atletas? Preguiça.
Minas Gerais tem sua capital. Mas no basquete, a capital é outra. Infelizmente para nós, belorizontinos, que quando formos ao ginásio da rua da Bahia, talvez estaremos indo para ver o time adversário.
Minas Gerais tem sua capital. Mas no basquete, a capital é outra. Infelizmente para nós, belorizontinos, que quando formos ao ginásio da rua da Bahia, talvez estaremos indo para ver o time adversário.
Jogos do NBB em BH (data – horário, adversário):
14/11 - 11h, Vitória
21/11 - 11h, Vila Velha
12/12 - 11h, Paulistano
19/12 - 11h, Pinheiros
09/01 - 11h, Joinville
11/01 - 20h, Flamengo
21/01 - 20h, Limeira
23/01 - 11h, São José
04/02 - 20h, Araraquara
06/02 - 11h, Franca
18/02 - 20h, Bauru
20/02 - 11h, Assis
25/03 - 20h, Brasília
27/03 - 11h, Uberlândia
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
"Narrações Inesquecíveis" - Téo Jose
Nunca vi um narrador desafinar e isso aumentar ainda mais o espetáculo.
Téo José conseguiu e não era pra menos. Afinal, nosso multicampeão, Émerson Fittipaldi, conquistava sua segunda vitória em uma das maiores provas do automobilismo mundial, a INDY 500.
Já veterano, mas ainda dando espetáculo, EMMO, como é chamado pelos americanos fez uma grande prova. Bateu feras como Raúl Boesel, Arie Luyendyk e o, então, campeão mundial de Fórmula 1, Nigel Mansell.
Detalhe engraçado e curioso da transmissão fica por conta dos comentários, feitos por esse senhor aqui.
"Passa, passa, passa, paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaassa Émerson Fittipaldi!"
Genial.
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Narrações Inesquecíveis,
Pedrosa
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
“Lembra dele no...?” – Da Juventus pro... Náutico!
Estejam à vontade para entender como uma aberração futebolística em duplicidade. Mas, como o objetivo desta seção é desenterrar passagens de jogadores por times que ninguém nem lembrava...
Uma final de Copa do Brasil não é a melhor hora para lançar juniores no time principal, mas, no caso do Gladstone, não havia outra escolha. O Cruzeiro, em busca de seu quarto título do torneio, enfrentaria o Flamengo em junho de 2003 com problemas de sobra na zaga: Edu Dracena e Thiago Gosling suspensos, Cris sem condições legais de jogo, Irineu e Luisão machucados... o técnico Luxemburgo não teve alternativa senão promover Gladstone em cima da hora e contar com o sacrifício de Luisão.
A estreia do garoto, se não foi espetacular, pelo menos não comprometeu – e o Cruzeiro levou o tetra, vencendo por 3x1. Gladstone entraria poucas vezes ao longo desta temporada e da seguinte, até despertar o interesse de um gigante do futebol italiano.
E foi assim, crianças, que Gladstone Pereira Della Valentina foi parar na Juventus de Turim.
O então promissor zagueiro chegou à Vecchia Signora para substituir Birindelli, que teve o joelho operado e só voltaria em 6 meses. Mas, talvez devido ao olho clínico do treinador Fábio Capello (que certamente não enxergou essa bola toda na nova contratação), acabou relacionado para apenas três jogos, e não entrou em nenhum deles. A Juve recuperou o juízo e repassou Gladstone ao Hellas Verona, da segunda divisão, mas o jogador acabou retornando ao Cruzeiro. Foi o começo do fim para um atleta que, hoje, tem apenas 25 anos!
Gladstone até chegou à seleção em 2006, mas, de 2007 em diante, o motivo de não ter dado certo na Itália tornou-se perceptível: faltas demais e futebol de menos. De tão violento, acabou emprestado ao Sporting Lisboa e depois ao Palmeiras, e daí foi só ladeira abaixo.
Se outrora Gladstone tinha como casa o Estádio Olímpico de Turim, foi parar nos Aflitos, emprestado ao Clube Náutico Capibaribe. #epicfail
Mas nem lá deu certo, e, em 2010, assinou com a Portuguesa. E hoje, depois de passar apenas dois meses na Lusa, o homem que deveria ter feito dupla de zaga com Cannavaro está escondido no FC Vaslui, da Romênia.
Uma final de Copa do Brasil não é a melhor hora para lançar juniores no time principal, mas, no caso do Gladstone, não havia outra escolha. O Cruzeiro, em busca de seu quarto título do torneio, enfrentaria o Flamengo em junho de 2003 com problemas de sobra na zaga: Edu Dracena e Thiago Gosling suspensos, Cris sem condições legais de jogo, Irineu e Luisão machucados... o técnico Luxemburgo não teve alternativa senão promover Gladstone em cima da hora e contar com o sacrifício de Luisão.
A estreia do garoto, se não foi espetacular, pelo menos não comprometeu – e o Cruzeiro levou o tetra, vencendo por 3x1. Gladstone entraria poucas vezes ao longo desta temporada e da seguinte, até despertar o interesse de um gigante do futebol italiano.
E foi assim, crianças, que Gladstone Pereira Della Valentina foi parar na Juventus de Turim.
O então promissor zagueiro chegou à Vecchia Signora para substituir Birindelli, que teve o joelho operado e só voltaria em 6 meses. Mas, talvez devido ao olho clínico do treinador Fábio Capello (que certamente não enxergou essa bola toda na nova contratação), acabou relacionado para apenas três jogos, e não entrou em nenhum deles. A Juve recuperou o juízo e repassou Gladstone ao Hellas Verona, da segunda divisão, mas o jogador acabou retornando ao Cruzeiro. Foi o começo do fim para um atleta que, hoje, tem apenas 25 anos!
Gladstone até chegou à seleção em 2006, mas, de 2007 em diante, o motivo de não ter dado certo na Itália tornou-se perceptível: faltas demais e futebol de menos. De tão violento, acabou emprestado ao Sporting Lisboa e depois ao Palmeiras, e daí foi só ladeira abaixo.
Se outrora Gladstone tinha como casa o Estádio Olímpico de Turim, foi parar nos Aflitos, emprestado ao Clube Náutico Capibaribe. #epicfail
Mas nem lá deu certo, e, em 2010, assinou com a Portuguesa. E hoje, depois de passar apenas dois meses na Lusa, o homem que deveria ter feito dupla de zaga com Cannavaro está escondido no FC Vaslui, da Romênia.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
"Aberrações Futebolísticas" - As aparências NÃO enganam
Já tinha adiantado tudo o que precisava fazer no estágio. Receber os telefonemas, enviar twits, editar vídeos, mandar e-mails, selecionar os especializados... Funções da minha nova profissão. Sem nada tão urgente para fazer (antes do programa), decidi escrever para o blog. Olhei o cronograma de sessões e notei que hoje é o dia das “Aberrações Futebolísticas”. Minha vasta, criativa e inesperada imaginação (modéstia à parte) me remeteu a um jogador búlgaro, que participou da Copa de 94, cuja aparência é, no mínimo, “intrigante” (mais do que o nosso glorioso Valderrama, acredite). Vaguei, perambulando pelas dimensões da web, à procura de imagens, fotos ou resquícios destes ícones, figuras, ou, porque não, aberrações do futebol.
Jaz aqui o resultado da curiosa pesquisa:
Hilário!
Jaz aqui o resultado da curiosa pesquisa:
Hilário!
CARLOS “EL PIBE” VALDERRAMA – Não tem como não começar com este. Ele não era só conhecido pela sua imponente cabeleira (embora, eu ache), mas é considerado um dos maiores jogadores colombianos da história. Jogava no meio de campo e tinha como característica os passes precisos e uma forte marcação. Se aposentou, em 2004, aos 42 anos. |
TRIFON IVANOV, VULGO LOBO BÚLGARO – Este defensor fez parte da surpreendente seleção da Bulgária da Copa de 1994 (4º lugar), a mesma do craque Stoichkov. Mas Ivanov chamava mais atenção pelo seu corte mullet de cabelo e uma barba fora do cumum. Seu visual amedrontador o levou ao seleto hall dos zagueiros mais temidos da história das Copas (não é para menos, não?) |
TCHOUTANG – Bola que é bom nada, mas o que espanta neste atleta foi seu súbito envelhecimento em um intervalo de quatro anos. O camaronês conseguiu o feito de diminuir 11 centímetros de altura! |
TARIBO WEST – Quem colecionou álbum de figurinha da Copa sabe de quem eu estou falando. A figura mais emblemática da Copa de 2002, sem dúvidas. Nem o bizarro cabelo de Ronaldo Fenômeno consegue superar o desse nigeriano. Parecem dois arbustos, cor de kiwi, no meio de um deserto... Por fim, só para constar, foi zagueiro. |
FRANCK RIBÉRY E CARLOS TÉVEZ – Bom, esses a gente já conhece... |
domingo, 26 de setembro de 2010
"Imagem da Semana" - É, Dorival.
As últimas duas semanas foram difíceis para Dorival Jr. Após conquistar o Paulistão, a Copa do Brasil e encantar o futebol brasileiro com um time jovem e extremamente ofensivo no primeiro semestre, o treinador viu seu trabalho no Santos Futebol Clube ruir.
Desentendimentos com seu pupilo Neymar e uma suposta quebra de hierarquia alegada pela diretoria santista deram fim ao seu período na vila mais famosa do país em 21 de setembro.
Júnior é competente e o desemprego durou pouco, menos de 4 dias.
A nova missão é salvar o Atlético Mineiro do rebaixamento.
Não começou bem, derrota por 2 a 1 contra a ascendente equipe do Grêmio na Arena do Jacaré em Sete Lagoas.
Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress
Desentendimentos com seu pupilo Neymar e uma suposta quebra de hierarquia alegada pela diretoria santista deram fim ao seu período na vila mais famosa do país em 21 de setembro.
Júnior é competente e o desemprego durou pouco, menos de 4 dias.
A nova missão é salvar o Atlético Mineiro do rebaixamento.
Não começou bem, derrota por 2 a 1 contra a ascendente equipe do Grêmio na Arena do Jacaré em Sete Lagoas.
Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress
sábado, 25 de setembro de 2010
Não é pra qualquer um – A lenda além das pistas
O que é necessário para se tornar uma lenda? Você deve estar pensando, “se fosse tão fácil dizer, o mundo seria repleto delas”. Mas é claro que, nos esportes, os números podem, também, ajudar bastante a definir quais indivíduos simplesmente passaram pela história e quais fizeram a história.
É fácil listarmos algumas lendas esportivas, pois não é todo dia que surge uma. Entre elas, alguém que participa de quatro edições da Copa do Mundo de futebol e seu time sai campeão em três delas tem lugar garantido. Outro que carrega uma antes inexpressiva franquia da NBA a seis títulos em oito anos, também. Bem como outro que, dos 18 aos 39, sobe em um ringue de boxe 61 vezes e em 56 delas termina comemorando.
Mas será que apenas números são o bastante para se definir uma lenda? Certa vez ouvi uma frase simples, mas verídica, que naquela época mudou por completo meu modo de acompanhar basquete (o meu esporte favorito): “tem gente que usa os números igual um bêbado usa um poste – mais para apoio do que para iluminação”.
Então venho trazer aqui um exemplo de lenda que tem esse “algo a mais que os números”. Muitos pensam que o esporte que ele pratica é chato, o que eu discordo por completo, mas seu legado vai muito além do simples esporte.
Seu nome é Lance Edward Armstrong. Ciclista. Campeão mundial de ciclismo em 1993, aos 22 anos, o jovem se tornou a grande promessa do esporte nos EUA. Sua mãe, grávida aos 17 anos e abandonada pelo então companheiro, foi contra o aconselhamento de seus familiares e optou por ter Lance e criá-lo sozinha (tenha em mente que o aborto é legalizado nos EUA). Sem a presença de um pai, mãe e filho passaram por enormes dificuldades durante a criação do garoto.
Semelhante a várias histórias de vida de atletas, o esporte surgiu como válvula de escape para as dificuldades. Ainda adolescente, ele começava a se destacar nas competições ciclísticas de seu estado, o Texas, vencendo até mesmo entre os adultos. Começou a participar de grandes competições interestaduais e internacionais. O esporte mudou sua vida.
Em 1996, no auge de seu sucesso (até então), aos 25 anos, Armstrong foi a uma consulta para saber o motivo de um inchaço anormal em seu testículo, que ficou do tamanho de uma laranja. Ele tinha câncer testicular, que havia se espalhado para seu abdômen, seus pulmões e seu cérebro. Uma carreira acabada e uma vida por um fio, foi o que se pensou. Duas cirurgias de remoção de tumores, uma no testículo (removido) e a outra no crânio. Após esta segunda, os médicos lhe deram menos de 40% de chance de sobreviver ao tratamento.
Contrariando as previsões, como a mãe o fez na gravidez, Armstrong superou a doença. Em janeiro de 1998, ele voltou a treinar para competir novamente no ciclismo profissional. Algo inacreditável. Em 1997, ele fundou a “Lance Armstrong Foundation”, organização em apoio às vítimas de câncer. Lembra daquelas pulseirinhas amarelas de silicone Livestrong que eram febre aqui no Brasil há uns cinco anos? Quando você as comprou, a renda foi para essa fundação, para ajudar no tratamento do câncer no mundo.
No ano seguinte, ele entrou na competição mais importante do ciclismo, a Volta da França. Um dos eventos esportivos mais duros que existem, onde se pedalam cerca de 3 mil quilômetros em menos de um mês, subindo montanhas terrivelmente íngremes. Pensando na analogia do bêbado e do poste, vamos simplificar os números dele nessa competição: ele foi campeão de sete edições consecutivas, se aposentando em 2005. Sete. O número da perfeição, o número de uma lenda.
Eu poderia me delongar falando desta que é uma das competições esportivas mais empolgantes que já vi, mas não é essa a intenção do texto. E sim a de tornar uma lenda conhecida, pois ela merece. Em caso de querer saber mais sobre a parte esportiva da história, comente aí, que podemos resenhar!
Dica
Armstrong escreveu sua biografia no livro chamado, em português, “Minha jornada de volta à vida” (ISBN: 0425179613 / ISBN-13: 9780425179611). Caso se interesse nos detalhes da trajetória desse herói, recomendo muito o título, já incluso em nossas dicas literárias. Aos que lêem em inglês, recomendo comprar nesta página, por um ótimo preço.
É fácil listarmos algumas lendas esportivas, pois não é todo dia que surge uma. Entre elas, alguém que participa de quatro edições da Copa do Mundo de futebol e seu time sai campeão em três delas tem lugar garantido. Outro que carrega uma antes inexpressiva franquia da NBA a seis títulos em oito anos, também. Bem como outro que, dos 18 aos 39, sobe em um ringue de boxe 61 vezes e em 56 delas termina comemorando.
Mas será que apenas números são o bastante para se definir uma lenda? Certa vez ouvi uma frase simples, mas verídica, que naquela época mudou por completo meu modo de acompanhar basquete (o meu esporte favorito): “tem gente que usa os números igual um bêbado usa um poste – mais para apoio do que para iluminação”.
Então venho trazer aqui um exemplo de lenda que tem esse “algo a mais que os números”. Muitos pensam que o esporte que ele pratica é chato, o que eu discordo por completo, mas seu legado vai muito além do simples esporte.
Seu nome é Lance Edward Armstrong. Ciclista. Campeão mundial de ciclismo em 1993, aos 22 anos, o jovem se tornou a grande promessa do esporte nos EUA. Sua mãe, grávida aos 17 anos e abandonada pelo então companheiro, foi contra o aconselhamento de seus familiares e optou por ter Lance e criá-lo sozinha (tenha em mente que o aborto é legalizado nos EUA). Sem a presença de um pai, mãe e filho passaram por enormes dificuldades durante a criação do garoto.
Semelhante a várias histórias de vida de atletas, o esporte surgiu como válvula de escape para as dificuldades. Ainda adolescente, ele começava a se destacar nas competições ciclísticas de seu estado, o Texas, vencendo até mesmo entre os adultos. Começou a participar de grandes competições interestaduais e internacionais. O esporte mudou sua vida.
Em 1996, no auge de seu sucesso (até então), aos 25 anos, Armstrong foi a uma consulta para saber o motivo de um inchaço anormal em seu testículo, que ficou do tamanho de uma laranja. Ele tinha câncer testicular, que havia se espalhado para seu abdômen, seus pulmões e seu cérebro. Uma carreira acabada e uma vida por um fio, foi o que se pensou. Duas cirurgias de remoção de tumores, uma no testículo (removido) e a outra no crânio. Após esta segunda, os médicos lhe deram menos de 40% de chance de sobreviver ao tratamento.
Contrariando as previsões, como a mãe o fez na gravidez, Armstrong superou a doença. Em janeiro de 1998, ele voltou a treinar para competir novamente no ciclismo profissional. Algo inacreditável. Em 1997, ele fundou a “Lance Armstrong Foundation”, organização em apoio às vítimas de câncer. Lembra daquelas pulseirinhas amarelas de silicone Livestrong que eram febre aqui no Brasil há uns cinco anos? Quando você as comprou, a renda foi para essa fundação, para ajudar no tratamento do câncer no mundo.
No ano seguinte, ele entrou na competição mais importante do ciclismo, a Volta da França. Um dos eventos esportivos mais duros que existem, onde se pedalam cerca de 3 mil quilômetros em menos de um mês, subindo montanhas terrivelmente íngremes. Pensando na analogia do bêbado e do poste, vamos simplificar os números dele nessa competição: ele foi campeão de sete edições consecutivas, se aposentando em 2005. Sete. O número da perfeição, o número de uma lenda.
Eu poderia me delongar falando desta que é uma das competições esportivas mais empolgantes que já vi, mas não é essa a intenção do texto. E sim a de tornar uma lenda conhecida, pois ela merece. Em caso de querer saber mais sobre a parte esportiva da história, comente aí, que podemos resenhar!
Dica
Armstrong escreveu sua biografia no livro chamado, em português, “Minha jornada de volta à vida” (ISBN: 0425179613 / ISBN-13: 9780425179611). Caso se interesse nos detalhes da trajetória desse herói, recomendo muito o título, já incluso em nossas dicas literárias. Aos que lêem em inglês, recomendo comprar nesta página, por um ótimo preço.
Vídeos
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
"Crônica F.C." - O Problema não é o Luxemburgo
Luxemburgo não é mais técnico do Clube Atlético Mineiro e isso não é novidade para ninguém. Em 8 de dezembro do último ano quando foi anunciado, prometia muitas alegrias em sua volta à Belo Horizonte.
Pobre Galo.
Pobre Luxemburgo também, ex-técnico de futebol em atividade. De 2005 pra cá fracassou em Madrid, Santos, São Paulo, Santos de novo e agora aqui, em BH, terra que outrora fora muito feliz.
Desde 2001 quando fez uma campanha razóavel no Brasileirão e chegou às semi-finais da competição, ainda em "mata-mata", o Galo não consegue um resultado ao menos decente em nível nacional. O que seria relativamente fácil de ser explicado. Desde o início da era Nélio Brant no clube em 1999 até 2008, quando se formalizou a saída do então presidente Ziza Guimarães, atleticanos bradavam aos 4 ventos que faltava dinheiro e um mandatário digno para comandar a "nação" alvinegra. Eis que aclamado por conselheiros, mídia e torcida ressurge Alexandre Kalil, ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube e ex-diretor de futebol da instuição. Seria de se supor que um dos problemas já estaria perto de sua solução.
Pois bem, ainda faltavam alguns ingredientes para que a receita atleticana voltasse a andar. Dinheiro, time e técnico. Já que segundo a história, torcida e paixão nunca faltaram. Segundo Kalil, a meta no final de 2008 seria ao menos uma campanha digna na Série A e uma vaga na Copa Sulamericana, o que acabou ocorrendo. Já para 2009, com um certo planejamento, apoio econômico de instituições financeiras mineiras e alguns jogadores de nome, o carijó até chega pensar no título brasileiro da temporada. Só que a perda de fôlego e rumo no fim da competição minaram as aspirações de Kalil, Celso Roth e sua trupe.
Para 2010 seria vida nova pelas bandas alvinegras. Uma diretoria confiável, dinheiro em caixa, uma comissão técnica competente como a de Luxemburgo e jogadores de nível, o que inclui o último artilheiro dos gramados tupiniquins, Diego Tardelli. Porém, até dia 23 de setembro, os únicos frutos colhidos foram um campeonato mineiro controverso e uma posição desconfortável na zona de rebaixamento no brasileirão.
Qual será então o problema do Galo, já que teoricamente tinha a "melhor equipe do Brasil", o melhor CT, a torcida mais apaixonada, um presidente linha-dura e competentes profissionais?
O problema do Galo é o Galo, oras.
O clube pensa que é maior do que realmente é atualmente e vive de glórias de um passado distante , além do provincianismo besta de parte da imprensa que supervaloriza o banal. Ou alguém aí já viu um São Paulino, Flamenguista, Madridista, Milanista reinvidicando a Taça do Gelo? Competição tão "relevante" que foi feita uma vez pra nunca mais.
Não podemos negar uma coisa, o título brasileiro de 1971. Feito histórico e de suma importância para o futebol mineiro. Depois, mesmo que a arbitragem tenha ajudado, e muito, nesse triste enredo nem grandes times na década de 70 e 80 deixaram herança sólida para as gerações seguintes.
Pobre Galo.
Pobre Luxemburgo também, ex-técnico de futebol em atividade. De 2005 pra cá fracassou em Madrid, Santos, São Paulo, Santos de novo e agora aqui, em BH, terra que outrora fora muito feliz.
Desde 2001 quando fez uma campanha razóavel no Brasileirão e chegou às semi-finais da competição, ainda em "mata-mata", o Galo não consegue um resultado ao menos decente em nível nacional. O que seria relativamente fácil de ser explicado. Desde o início da era Nélio Brant no clube em 1999 até 2008, quando se formalizou a saída do então presidente Ziza Guimarães, atleticanos bradavam aos 4 ventos que faltava dinheiro e um mandatário digno para comandar a "nação" alvinegra. Eis que aclamado por conselheiros, mídia e torcida ressurge Alexandre Kalil, ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube e ex-diretor de futebol da instuição. Seria de se supor que um dos problemas já estaria perto de sua solução.
Pois bem, ainda faltavam alguns ingredientes para que a receita atleticana voltasse a andar. Dinheiro, time e técnico. Já que segundo a história, torcida e paixão nunca faltaram. Segundo Kalil, a meta no final de 2008 seria ao menos uma campanha digna na Série A e uma vaga na Copa Sulamericana, o que acabou ocorrendo. Já para 2009, com um certo planejamento, apoio econômico de instituições financeiras mineiras e alguns jogadores de nome, o carijó até chega pensar no título brasileiro da temporada. Só que a perda de fôlego e rumo no fim da competição minaram as aspirações de Kalil, Celso Roth e sua trupe.
Para 2010 seria vida nova pelas bandas alvinegras. Uma diretoria confiável, dinheiro em caixa, uma comissão técnica competente como a de Luxemburgo e jogadores de nível, o que inclui o último artilheiro dos gramados tupiniquins, Diego Tardelli. Porém, até dia 23 de setembro, os únicos frutos colhidos foram um campeonato mineiro controverso e uma posição desconfortável na zona de rebaixamento no brasileirão.
Qual será então o problema do Galo, já que teoricamente tinha a "melhor equipe do Brasil", o melhor CT, a torcida mais apaixonada, um presidente linha-dura e competentes profissionais?
O problema do Galo é o Galo, oras.
O clube pensa que é maior do que realmente é atualmente e vive de glórias de um passado distante , além do provincianismo besta de parte da imprensa que supervaloriza o banal. Ou alguém aí já viu um São Paulino, Flamenguista, Madridista, Milanista reinvidicando a Taça do Gelo? Competição tão "relevante" que foi feita uma vez pra nunca mais.
Não podemos negar uma coisa, o título brasileiro de 1971. Feito histórico e de suma importância para o futebol mineiro. Depois, mesmo que a arbitragem tenha ajudado, e muito, nesse triste enredo nem grandes times na década de 70 e 80 deixaram herança sólida para as gerações seguintes.
Internacionalmente, como comparação, o carijó participou de 4 Libertadores da América, só de finais o São Paulo tem seis. Isso sem contar que equipes como São Caetano, Coritiba, Paraná, Santo André, Paulista, Goiás, Paysandu, dentro outros participaram do torneio mais importante das Américas mais recentemente que o time de Vespasiano.
Sim, tem o bi da Conmebol. Ganhar duas vezes uma competição que inclui times de segunda divisão não significa nada. Afinal, até o nosso glorioso CSA de Alagoas conseguiu ser finalista do torneio!
Pois é, Galo. Vale a pena ter o status de grande clube? Um clube grande envergonhar sua torcida e seu estado todo ano não é legal.
Pois é, Galo. Vale a pena ter o status de grande clube? Um clube grande envergonhar sua torcida e seu estado todo ano não é legal.
O Atlético está pequeno há tempos, mas não é.
Times pequenos geralmente percebem e tem noção de sua limitação.
O Inter percebeu. É muito mais digno.
_________________________________
P.S.: Antes de ficarem nervosinhos com o post, leiam o link e todoss os comentários aí pra baixo.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
“Lembra dele no...?” – O baiano do Amapá
Macapá. A cidade do grau zero. É isso mesmo, blogueiros. A capital do nosso glorioso e “conhecidíssimo” estado do Amapá têm como principal ponto turístico, o Marco Zero ou, popularmente conhecido como, relógio do sol (demarca o local, onde a linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios). De fato, interessante... Mas o que isso tem haver com o “Lembra dele no...” de hoje? Afinal, tem futebol no Amapá?
Tem sim, e o tradicional time, da emergente capital de 360 000 habitantes, é o Esporte Clube Macapá, atualmente na Segunda Divisão estadual. Existe também...
Parecia mais um ano trivial para o Leão do Amapá, em 2009. Longe da grande mídia do eixo Rio-SP, a rotina de quase futebol amador do clube , o levou a falência e os seus 65 anos de tradição, esquecidos.
Até a contratação mais bombástica da história do futebol Norte ser concretizada. O zagueiro Júnior Baiano, aquele mesmo, de Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Werder Bremen e Seleção Brasileira, foi anunciado pela diretoria do Leão, em meados de 2009! Acreditem, caros blogueiros!
Não satisfeito com passagens por clubes de menor expressão como: América-RJ e Brasiliense e Volta Redonda, Júnior Baiano decidiu “inovar”! A passagem pelo Macapá foi tão sinistra, que há divergência de informações sobre sua efetiva atuação pelo clube. Uns dizem que a negociação foi um fracasso, outros falam que a passagem foi tão repentina, que não existem um número correto de jogos feitos pelo jogador.
Vigor físico, gols de cabeça, como também a sua indisciplina e “indelicadeza” com os atacantes adversários, são características peculiares deste folclórico baiano e vice-campeão mundial em 98. A sua carreira é o contra-exemplo de qualquer jovem com a ambição de ser um profissional bem sucedido no âmbito futebolístico. Júnior Baiano chegou a anunciar, em duas oportunidades, a sua aposentadoria, todavia a “fome de bola” era tanta, que preferiu se submeter a desafios um tanto “exóticos”.
Por fim, seu último clube foi o Miami F.C, comandado pelo seu companheiro Zinho, ano passado. Atualmente, Baiano participa, esporadicamente, de torneios de Showbol, vestindo a camisa do Flamengo. Um final melancólico e vertiginoso para um zagueiro, que mesmo não tendo um primor técnico vistoso, impunha medo nos avantes adversários com suas travas mortais.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
“Aberrações futebolísticas” – Leomar capitão da seleção
No Brasil, o ano de 2001 inteiro pode ser considerado uma aberração futebolística.
O time sensação do país era o São Caetano, que, na época, tinha 12 anos de existência e, até então, só havia sido campeão das divisões inferiores do Campeonato Paulista. Outra bizarrice: foi bi-vice campeão nacional no mesmo ano (a final da Copa João Havelange foi disputada em janeiro de 2001, e a do Brasileirão convencional em dezembro).
O Campeonato Brasileiro, aliás, apresentou algumas gracinhas. A crise de energia elétrica (vulgo “apagão”) fez com que a CBF agendasse, durante a semana, jogos às 3h da tarde em Cuiabá – e quando a partida tinha que ser à noite, ou seu time arranjava um gerador de energia para o estádio, ou o jogo era realizado em Manaus. Mas o maior absurdo da competição não teve nada a ver com isso: o Atlético Paranaense acabou campeão sendo treinado pelo Geninho!!!
Mas nada, nada pode ser uma aberração maior do que a Seleção Brasileira naquele ano.
E não estamos falando do time que conseguiu ser eliminado da Copa América por Honduras (HONDURAS!!!) – algo que, apesar de ser outro absurdo sem tamanho, ainda era o início da saga de Felipão rumo ao penta em 2002. Agora, o que dizer do ilustre Emerson Leão, que teve coragem de jogar a Copa das Confederações levando Zé Maria (lateral-direito horroroso do Perugia, saiu escorraçado de Palmeiras e Cruzeiro), Carlos Miguel (então ex-jogador em atividade do Grêmio), Evanílson (na época ainda enganava), Vagner (quem?), Fábio Rochemback (hoje mostrando no Grêmio porque era eterna promessa no Inter) e Júlio Baptista (socorro!)?
Pior: Leão convocou, escalou como titular e deu a faixa de capitão ao volante Leomar, do Sport Club do Recife.
Tudo bem, na época o Leomar estava até jogando bem no clube, mas sua convocação se deve unicamente ao fato de o Leão ter treinado o Sport até meses antes da Copa das Confederações. Havia jogadores melhores em momentos melhores (como o Gilberto Silva, voando no Atlético-MG, ou mesmo o Kléberson), mas, já que o técnico quis apostar...
Moral da história: o Brasil apanhou da França, conseguiu a proeza de perder o 3° lugar pra Austrália nos acréscimos, Leão perdeu o emprego e a “Era Leomar” foi jogada na lata de lixo. Ah, e o Sport acabou em último no Brasileirão e foi rebaixado.
E você achando que o Dunga era o único que só chamava seu clubinho pra jogar na seleção, hein?
O time sensação do país era o São Caetano, que, na época, tinha 12 anos de existência e, até então, só havia sido campeão das divisões inferiores do Campeonato Paulista. Outra bizarrice: foi bi-vice campeão nacional no mesmo ano (a final da Copa João Havelange foi disputada em janeiro de 2001, e a do Brasileirão convencional em dezembro).
O Campeonato Brasileiro, aliás, apresentou algumas gracinhas. A crise de energia elétrica (vulgo “apagão”) fez com que a CBF agendasse, durante a semana, jogos às 3h da tarde em Cuiabá – e quando a partida tinha que ser à noite, ou seu time arranjava um gerador de energia para o estádio, ou o jogo era realizado em Manaus. Mas o maior absurdo da competição não teve nada a ver com isso: o Atlético Paranaense acabou campeão sendo treinado pelo Geninho!!!
Mas nada, nada pode ser uma aberração maior do que a Seleção Brasileira naquele ano.
E não estamos falando do time que conseguiu ser eliminado da Copa América por Honduras (HONDURAS!!!) – algo que, apesar de ser outro absurdo sem tamanho, ainda era o início da saga de Felipão rumo ao penta em 2002. Agora, o que dizer do ilustre Emerson Leão, que teve coragem de jogar a Copa das Confederações levando Zé Maria (lateral-direito horroroso do Perugia, saiu escorraçado de Palmeiras e Cruzeiro), Carlos Miguel (então ex-jogador em atividade do Grêmio), Evanílson (na época ainda enganava), Vagner (quem?), Fábio Rochemback (hoje mostrando no Grêmio porque era eterna promessa no Inter) e Júlio Baptista (socorro!)?
Pior: Leão convocou, escalou como titular e deu a faixa de capitão ao volante Leomar, do Sport Club do Recife.
Tudo bem, na época o Leomar estava até jogando bem no clube, mas sua convocação se deve unicamente ao fato de o Leão ter treinado o Sport até meses antes da Copa das Confederações. Havia jogadores melhores em momentos melhores (como o Gilberto Silva, voando no Atlético-MG, ou mesmo o Kléberson), mas, já que o técnico quis apostar...
Moral da história: o Brasil apanhou da França, conseguiu a proeza de perder o 3° lugar pra Austrália nos acréscimos, Leão perdeu o emprego e a “Era Leomar” foi jogada na lata de lixo. Ah, e o Sport acabou em último no Brasileirão e foi rebaixado.
E você achando que o Dunga era o único que só chamava seu clubinho pra jogar na seleção, hein?
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Killer
domingo, 19 de setembro de 2010
"Imagem da Semana" - #Coxafail
Já que hoje a tarde foi tirada para lapsos ditatoriais (vide posts anteriores, hahaha), aqui vai o meu. Isto é, não foi completamente ditatorial porque o Pedrosa consentiu, mas enfim...
Não há maior imagem nesta semana do que o ato de indisciplina do Neymar. Só que bater nessa tecla já encheu o saco, porque todos os meios esportivos já deram seus pareceres, e creio estar falando por toda a equipe do Jornalheiros quando digo que o Dorival Júnior está coberto de razão. Fim de conversa, e imagem óbvia ignorada solenemente.
Vamos, portanto, à verdadeira imagem da semana.
Ontem o Coritiba retornou ao Couto Pereira, depois de dez jogos cumprindo suspensão. Venceu a Portuguesa por 2x0 e segue a passos largos para voltar à Série A. O jogo foi duro, mas a torcida Coxa-branca fez muita festa.
O que nos leva ao vídeo a seguir...
Caramba, hein Coxa? Comemorar entrada do adversário não, ajuda aí...
E, só pra constar, ontem as tags #Coxafail e #pegaopapeldevolta chegaram nos Trending Topics do Twitter brasileiro!
Não há maior imagem nesta semana do que o ato de indisciplina do Neymar. Só que bater nessa tecla já encheu o saco, porque todos os meios esportivos já deram seus pareceres, e creio estar falando por toda a equipe do Jornalheiros quando digo que o Dorival Júnior está coberto de razão. Fim de conversa, e imagem óbvia ignorada solenemente.
Vamos, portanto, à verdadeira imagem da semana.
Ontem o Coritiba retornou ao Couto Pereira, depois de dez jogos cumprindo suspensão. Venceu a Portuguesa por 2x0 e segue a passos largos para voltar à Série A. O jogo foi duro, mas a torcida Coxa-branca fez muita festa.
O que nos leva ao vídeo a seguir...
Caramba, hein Coxa? Comemorar entrada do adversário não, ajuda aí...
E, só pra constar, ontem as tags #Coxafail e #pegaopapeldevolta chegaram nos Trending Topics do Twitter brasileiro!
Janela de Transferências
Tudo bem que esse post está beeeeeeeeeeeeeem atrasado, mas vá lá...
Estamos no ar desde o mês de Agosto e no início éramos dois, agora somos cinco.
Durante o período de transferências várias mudanças ocorreram, olheiros adentraram e alguns foram negociados.
Resumindo, o primeiro a ter os direitos adquiridos foi Matheus Killer, seguido por Edward Magalhães e Thiéres Rabelo, o Don, que dará seus pitacos em outros esportes que não o futebol, principalmente.
Porém, nosso glorioso JFC não tem um banco envolvido no mensalão, nem um açougue como patrocinador. Assim, para que houvesse dinheiro em caixa, Pedrosa e Gama tiveram seus direitos federativos e econômicos negociados com a Associação Mineira de Cronistas Esportivos e o jornal "Aqui" . Onde serão os estagiários da Assessoria de Comunicação e do programa de TV, respectivamente.
Pois bem. Agora nosso grupo está fechado e unido. Temos certeza que algo de bom vai acontecer. Tá xertô?
A bagaça em cinco cabeças e... organizada! De novo.
Diríamos que ando com um espírito bem ditador e, por isso, resolvi exercer minha tirania por essas bandas cibernéticas. Eu e mais alguns membros desse blog, leia-se Matheus e Gabriel, percebemos que nesse tempo ativo da publicação algumas seções tem funcionado muito bem, enquanto outras não nos empolgaram muito.
Despoticamente, resolvi mudar isso aqui com a ajuda do Killer, meu auxiliar para assuntos relacionados a "Golpes de Estado e afins". Algumas seções vão para o freezer, já outras passam a ser permanentes.
Seções do J.F.C:
*Segunda: “Twittai-vos” – Uma das novas seções do blog. Os cinco blogueiros respondem à cinco questões/temas diferentes em no máximo 140 caracteres para cada questão.
Terça: “Aberrações futebolísticas” – Como o próprio nome já diz: fatos curiosos sobre o futebol, resultados inusitados, jogadas e jogadores estranhos, etc.
**Quarta: “Lembra dele no...?” – A seção permanece, mas com outro enfoque. Agora, ao invés de ressuscitar ex-jogadores ou atletas esquecidos por aí, terá como objetivo relembrar passagens de atletas em atividade ou não por clubes que raramente alguém lembra.
Quinta: “Narrações inesquecíveis” – Colocaremos narrações que marcaram época... Inesquecíveis, mesmo...
*Sexta: "Crônica F.C." - Passa a ser semanal. No esquema que todos conhecem.
*Sábado: "Aforismos e afins" – Outra seção que ganha o status de semanal. Como sempre, relacionada a tudo que não seja futebol.
Domingo: “Imagem da Semana” – A imagem mais inusitada, singular e representativa da semana!
* Nova seção permanente.
**Seção mantida. Porém, abordagem alterada.
Seções aleatórias:
- “Vídeos”: Falta definir roteiros, periodicidade, modo de gravação.
- “Curiosidades”: Sem periodicidade. Quando houver tema e necessidade será postada.
- “Jogando por música”: Sem periodicidade definida.
-"Jaeci Carvalho": - Sem periodicidade definida.
"Aforismos & Afins" - Não dá tempo
Aço, concreto, cimento, esplendor,
nas obras erguidas por mãos humanas,
nas retas e retas que compõem um plano
para construir a capital das montanhas.
.
Suas praças, seus parques, seus prédios antigos,
suas muitas esquinas formando asteriscos,
monumentos augustos, seu orgulho maior...
todos ocultos por placas e outdoors.
.
Mas ah!, o Tempo, este vilão traiçoeiro,
que a todos apressa, cruel e profundo,
manifesta-se (e muito) na capital dos mineiros;
.
Nos suga a atenção, dilacera os segundos,
e torna invisíveis colossos inteiros
no nosso Horizonte mais Belo do mundo!
.
(Matheus Killer, em algum dia de junho de 2007)
nas obras erguidas por mãos humanas,
nas retas e retas que compõem um plano
para construir a capital das montanhas.
.
Suas praças, seus parques, seus prédios antigos,
suas muitas esquinas formando asteriscos,
monumentos augustos, seu orgulho maior...
todos ocultos por placas e outdoors.
.
Mas ah!, o Tempo, este vilão traiçoeiro,
que a todos apressa, cruel e profundo,
manifesta-se (e muito) na capital dos mineiros;
.
Nos suga a atenção, dilacera os segundos,
e torna invisíveis colossos inteiros
no nosso Horizonte mais Belo do mundo!
.
(Matheus Killer, em algum dia de junho de 2007)
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
O fim da 1ª batalha (parte 2)
Após uma pausa inesperada, devido a problemas técnicos com a conexão, a retrospectiva dos 20 clubes da Série A está de volta.
A segunda parte deste post analisará os times que estão nas categorias: ZONA DO LIMBO E SOBREVIVER NA SÉRIE A.
Vamos a elas:
ATLÉTICO-PR – O Furacão é a representação ideal de como o futebol, realmente, é uma “caixinha de surpresas”, Desde a derrota para o Palmeiras, na 14º rodada, o time de Curitiba não sabe o que é perder. Em 6 jogos (4 vitórias e 2 empates), o Atlético saiu da turma da degola para a 7º posição! O técnico Carpeggiani se encaixou muito bem na equipe.
O DESTAQUE – MAIKON LEITE
O SARRAFO - ALEX MINEIRO
PERSPECTIVA – ZONA DO LIMBO
VASCO – O time da Colina está 12 jogos invicto. Por incrível que pareça, não significa nada. A modesta 10ª colocação exemplifica isto. Também, não tem como esperar muito do Vasco. A volta do meia Felipe ainda não rendeu o esperado. E não renderá. Com o elenco limitado que o Vasco dispõe, certamente freqüentará a zona do limbo.
O DESTAQUE – DEDÉ
O SARRAFO – ÉLDER GRANJA
PERSPECTIVA – ZONA DO LIMBO
GRÊMIO – Fez um primeiro turno vergonhoso. Freqüentador assíduo do Z4, o tricolor gaúcho, aos poucos, vai se encontrando no Brasileiro. O estádio Olímpico que é, tradicionalmente, seu grande trunfo, este ano não está fazendo jus a sua história.
O DESTAQUE – JONAS
O SARRAFO – LEANDRO
PERSPECTIVA – ZONA DO LIMBO
PALMEIRAS – A chegada de Felipão e as voltas de Valdívia e Kléber delineavam um caminho de glórias para clube. A disputa pelo título parecia quase certa, porém o comandante pentacampeão viu um grupo longe de tais expectativas. Recheado de volantes e uma evidente carência no setor criativo, desde as saídas do Cleiton Xavier e Diego Souza, fizeram com que o time paulista ficasse rondando o meio da classificação, durante o 1º turno. Pouco ambicioso e para um investimento tão exorbitante.
O DESTAQUE – MARCOS ASSUNÇÃO
O SARRAFO – LUAN
PERPECTIVA – ZONA DO LIMBO
GUARANI – Esperava-se uma campanha patética do Bugre. Vários fatores apontavam para seu descenso mais que anunciado. A não-classificação do time para a Série A do Paulistão e a goleada épica do Santos, na Copa do Brasil (8 a 1)! Mas as atuações do ágil atacante Mazola, fizeram com que o time se mantivesse no meio da tabela.
O DESTAQUE – MAZOLA
O SARRAFO – APODI
PERSPECTIVA – SOBREVIVER NA SÉRIE A
CEARÁ – Após um ínicio fulgurante, o Vovô está em queda livre. Após a Copa do Mundo, somente 8 pontos foram conquistados, parece que o “Efeito Castelão”está em flanco declínio. Abre o olho, Ceará!
O DESTAQUE – DIEGO
O SARRAFO – CAMILO
PERPECTIVA - SOBREVIVER NA SÉRIE A
VITÓRIA – A derrota, na final da Copa do Brasil, pelo Santos, influenciou diretamente em seu desempenho no torneio nacional. A conseqüente demissão do técnico Ricardo Silva, levou o time rubro-negro a preocupantes oscilações. Houve uma queda no rendimento da equipe, culminando em mais uma demissão, desta vez de Toninho Cecílio. A proximidade da zona do rebaixamento é cada vez maior e aflinge os torcedores baianos. O “fator casa” pode ser o diferencial do clube nesta luta contra o Z4.
O DESTAQUE – ELKESON
O SARRAFO – ANDERSON MARTINS
PERPECTIVA - SOBREVIVER NA SÉRIE A
AVAÍ – O começo avassalador do Leão indicava que os catarinenses vieram para ficar. A chance de obter mais um resultado surpreendente (ano passado foi o 6º colocado) parecia estar “nos trilhos”. Mas o mês de agosto e um extenso número de jogadores no Departamento Médico foram determinantes para a vertiginosa queda de rendimento do time.
O DESTAQUE – ROBERTO
O SARRAFO – SÁVIO (É... ELE MESMO)
PERPECTIVA - SOBREVIVER NA SÉRIE A
FLAMENGO – As saídas de Adriano e Vágner Love enfraqueceu muito o time rubro-negro. Os recém-substitutos, Deivid e Diogo, ainda não convenceram. Val Baiano e Borja são motivos de piada pelos próprios torcedores e, ainda, o polêmico caso do goleiro Bruno e as “dificuldades” financeiras levaram o time carioca a uma crise administrativa sem precedentes.
O DESTAQUE – WILLIANS
O SARRAFO – VAL BAIANO
PERSPECIVA - SOBREVIVER NA SÉRIE A
ATLÉTICO-MG – A vinda da galáctica comissão técnica do Luxemburgo e as contratações de jogadores renomados apontavam, o time, como um dos candidatos ao título. O planejamento era, no mínimo, repetir a campanha do ano passado, desta vez, com êxito. Mas ficou só no papel. O desentrosamento, a ausência de uma “casa” e o tardio condicionamento físico dos atletas recém-contratados levou, o Galo, as últimas posições do Brasileirão. Inaceitável para tamanho investimento.
O DESTAQUE – RICARDINHO
O SARRAFO – FERNANDINHO
PERPECTIVA - SOBREVIVER NA SÉRIE A
ATLÉTICO-GO – Quando chegou à Série A, foi apontado como o novo América-RN e Ipatinga, isto é, o clássico “saco de pancadas”. Logo nas primeiras rodadas, o estigma procedia. Lanterna do campeonato durante um bom tempo. Mas a saída do técnico Geninho abriu espaço para o meia-atacante Elias (barrado pelo ex-comandante), que iniciou a reação goiana com seus gols e assistências, que o levou a liderança da artilharia.
O DESTAQUE – ELIAS
O SARRAFO – PITUCA
PERPECTIVA - SOBREVIVER NA SÉRIE A
GRÊMIO PRUDENTE – Clube sem identidade. O antigo Grêmio Barueri possui apenas 21 anos de existência e é caracterizado por ser um clube-empresa e sem tradição alguma, ou seja, um hobby de ricos empresários, que vêem o futebol como um investimento válido. Nesta temporada, já tiveram três técnicos e apostam no quarto, Marcelo Rospide, como a solução contra o iminente descenso.
O DESTAQUE – PAULO CÉSAR
O SARRAFO – HENRIQUE DIAS
PERPECTIVA - SOBREVIVER NA SÉRIE A
GOIÁS – Nem o “fator Serra Dourada” está fazendo a diferença para o time Esmeraldino. Com a pior defesa do Brasileirão, o Goiás não almeja mais nada, além da luta contra o Z-4. Repetir o feito de 2005, com Cuca no comando daquela incrível reação? Muito improvável. A volta do artilheiro Felipe, pode ser o alento que os torcedores necessitam. Se entrosar bem com o meia Bernardo, pode ser caminho ideal para a salvação.
O DESTAQUE – BERNARDO
O SARRAFO – RAFAEL MOURA
PERSPECTIVA – SOBREVIVER NA SÉRIE A
PS: NÃO ESTÁ NA ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO!
domingo, 12 de setembro de 2010
"Imagem da semana" - Jamie Carragher
O Gama e o Pedrosa ainda não voltaram do bar, isto é, da reunião do JFC. E eu, que passei mal horas antes de a carona chegar, fiquei aqui né ¬¬
Assim sendo, vou aproveitar o ensejo pra postar a Imagem da Semana.
Confesso que, a princípio, fiquei inclinado a escolher o golaço do Loco Abreu contra o Santos. Mas uma rápida votação com os dois picaretas citados anteriormente elegeu o curioso vídeo a seguir.
Para fazer uma rápida introdução, semana passada houve um amistoso entre Liverpool e Everton para comemorar os 16 anos de Jamie Carragher como atleta dos Reds. Eis que, num determinado momento do segundo tempo, o anfitrião puxa um atacante adversário dentro da área. O jogador do Everton (salvo engano, Yakubu) se prepara para bater, mas o próprio Carragher tomou a frente e cobrou o pênalti cometido por ele mesmo!
Detalhe que o Carragher saiu aplaudido pelas duas torcidas logo depois. E, a saber, ele era torcedor do Everton na infância.
Daí eu pergunto: e se um jogador do Corinthians faz a mesma coisa num jogo contra o Palmeiras, afirmando ter sido palmeirense quando criança? Será que ele sai vivo do estádio?
Assim sendo, vou aproveitar o ensejo pra postar a Imagem da Semana.
Confesso que, a princípio, fiquei inclinado a escolher o golaço do Loco Abreu contra o Santos. Mas uma rápida votação com os dois picaretas citados anteriormente elegeu o curioso vídeo a seguir.
Para fazer uma rápida introdução, semana passada houve um amistoso entre Liverpool e Everton para comemorar os 16 anos de Jamie Carragher como atleta dos Reds. Eis que, num determinado momento do segundo tempo, o anfitrião puxa um atacante adversário dentro da área. O jogador do Everton (salvo engano, Yakubu) se prepara para bater, mas o próprio Carragher tomou a frente e cobrou o pênalti cometido por ele mesmo!
Detalhe que o Carragher saiu aplaudido pelas duas torcidas logo depois. E, a saber, ele era torcedor do Everton na infância.
Daí eu pergunto: e se um jogador do Corinthians faz a mesma coisa num jogo contra o Palmeiras, afirmando ter sido palmeirense quando criança? Será que ele sai vivo do estádio?
Menção honrosa – Sandy lutando boxe
Sim, você leu certo! Como o post das terças-feiras se chama “Aberrações futebolísticas” e não “Aberrações esportivas”, o espaço ideal pra publicar esta foto aparentemente impossível é aqui mesmo.
O fim da 1ª batalha (parte 1)
E terminou o 1ª capítulo do Brasileirão 2010! Rápido, não foi? Pois é...
Andei analisando os dados da atual edição e me intrigaram bastante, por isso, resolvi fazer uma retrospectiva do que aconteceu de mais importante e peculiar neste 1º turno.
Os números são cruéis, irrefutáveis, não há como negar. A pior média de gols dos últimos 15 anos, mesmo com a volta, em massa, de estrelas para o Brasil. Em 188 jogos, 466 gols, parece muito, não? Mas dividindo 466 por 188, chegaremos no modesto número de 2,47 gols por jogo. Explicações? Provavelmente, o “eterno” celeiro de jovens jogadores pode não estar em suas melhores temporadas... Ou seria incompetência técnica, mesmo?
Um dado curioso, conseqüente do anterior, é a relação de artilheiros até agora. Em 2005, tivemos o goleador com menos gols em um Brasileirão, desde a criação do sistema de pontos corridos (Souza – 17 tentos). Na época, o primeiro turno tinha terminado com Fred e Marcinho, ambos com 13. Nesta edição, os atuais “artilheiros” são dois armadores: Bruno César do Corinthians e Elias do Atlético-GO, ambos com 9 “golzinhos”. Detalhe: até cinco rodadas atrás, o “10” do time goiano tinha apenas dois tentos marcados no torneio! Isto que é carência de matador!
Outro destaque negativo foi a famosa e tradicional dança das cadeiras. Mas, desta vez, o troca-troca foi demais! 18 treinadores foram mandados embora em 19 rodadas, isto evidencia a persistência das respectivas diretorias em fazer um planejamento condizente com seus parâmetros financeiros. Para os clubes e suas fanáticas torcidas, o “pavil” é curto e a impaciência reina no mundo do futebol brasileiro. Esta cultura imediatista só tende a contribuir com a decadência do nosso esporte.
Agora, vamos a análise de cada time, seus destaques e “sarrafos” e o que esperar dele até o fim do Brasileiro:
PS: A fim de que o post não fique tão grande e cansativo, pedi auxílio aos meus irmãos de J.F.C e eles disseram que seria melhor dividir pelas expectativas de cada time no campeonato:
CANDIDATO AO TÍTULO – São os flancos-favoritos.
VAGA NA LIBERTADORES – Quem brigará para ficar entre os quatro mais bem colocados.
ZONA DO LIMBO – “Não fede, nem cheira”, isto é, não aspira nada, como não briga para não cair.
SOBREVIVER NA SÉRIE A – Os cotados para serem guilhotinados.
O post de hoje será destinado aos postulantes ao caneco e as vagas na Copa Libertadores da América!
Cada parte desta postagem terá no fim dela, os palpites de um dos Jornalheiros.
FLUMINENSE – As vindas de Deco e, principalmente Emerson e Washington, foram providenciais e preponderantes neste bom desempenho tricolor. As excelentes fases do lateral-direito Mariano e do melhor meia no Brasil, Conca, também foram determinantes.
O DESTAQUE – DARIO CONCA
O SARRAFO – RODRIGUINHO
PERSPECTIVA – CANDIDATO AO TÍTULO
CORINTHIANS – A troca de Mano para Adilson não alterou o curso do time paulista no campeonato, sempre mantendo uma regularidade desde o início do Brasileirão. A arma alvinegra é o jogo coletivo e sua dupla de volantes. Por ser o ano do seu centenário, a motivação será ainda maior.
O DESTAQUE – BRUNO CÉSAR
O SARRAFO – SOUZA
PERSPECTIVA – CANDIDATO AO TÍTULO
CRUZEIRO – Pragmático e eficiente. A nova fórmula da Raposa no campeonato. Com uma defesa, surpreendentemente, sólida, o melhor goleiro do Brasil e um ataque com sérias carências, o time mineiro começou instável, mas parece estar se encontrando no torneio, após a chegada do meia argentino Montillo.
O DESTAQUE – HENRIQUE
O SARRAFO – ROBERT
PERSPECTIVA – CANDIDATO AO TÍTULO
SANTOS – As conseqüências do desmanche do “Meninos da Vila”, aos poucos será sentida na Baixada. As saídas de Wesley e Robinho e a séria contusão de Ganso, influenciarão na qualidade técnica do time. Keirrison não entrou bem na equipe e está sem ritmo de jogo. A responsabilidade da “10” pairar para Marquinhos.
O DESTAQUE – NEYMAR
O SARRAFO – MARCEL
PERSPECTIVA – CANDIDATO AO TÍTULO
INTERNACIONAL – Começou mal o Brasileirão, devido a disputa da Libertadores, simultaneamente. Valeu a pena. O Inter sagrou-se bicampeão do torneio! E para quem achava que o ano já havia terminado para os colorados, presenciam uma súbita reação no campeonato e a candidatura para ser o campeão se tornar viável.
O DESTAQUE – ALECSANDRO (apesar de só ter disputado 8 dos 19 jogos)
O SARRAFO – EDU
PERSPECTIVA – CANDIDATO AO TÍTULO
BOTAFOGO – Joel Santana transformou a Estrela solitária. De time com poucas pretensões no campeonato, a terceira posição e a possibilidade de brigar pelo título vindo à tona, traz esperanças para a torcida. As boas atuações da dupla Maiconsuel-Jobson renderam bons frutos. Mesmo na ausência do “Loco”.
O DESTAQUE – MAICONSUEL
O SARRAFO – LÚCIO FLÁVIO
PERSPECTIVA – VAGA NA LIBERTADORES
SÃO PAULO – A saída do Ricardo Gomes foi um alívio para a equipe, que conseguiu se recuperar da eliminação da Libertadores e alçar uma boa reação no campeonato nacional. A frente da equipe, o interino Sérgio Baresi, que “ressuscitou” os jovens da base, os grandes protagonistas das últimas partidas do tricolor. Em meio a uma iminente crise político-administrativa, o São Paulo ainda tem forças para brigar pelo G4.
O DESTAQUE – MARLOS
O SARRAFO – CLÉBER SANTANA
PERSPECTIVA – VAGA NA LIBERTADORES
Palpites de Gabriel Gama (Eu):
CAMPEÃO: Fluminense
G4: 1- Fluminense
2 - Cruzeiro
3 - Santos
4 - Corinthians
REBAIXADOS: 17 - Guarani
18 - Goiás
19 - Grêmio Prudente
20 - Atlético-GO
Não é pra qualquer um - Uma nação contra um império!
Neste domingo, chega ao fim o Mundial de Basquete da Turquia. Três partidas definirão a ordem dos seis primeiros colocados na edição deste ano, incluindo uma final muito interessante, não apenas pensando no lado esportivo da coisa.
Primeiro, espanhóis e argentinos duelam pela quinta colocação. O lado europeu da disputa é favorito, mas passará um grande aperto para sair vitorioso. Os hermanos vêm de uma vitória sobra a forte Rússia, apesar da surra que tomaram no jogo anterior. A Espanha é a atual campeã do mundo, medalha de prata em Pequim e atual campeã européia. Mas currículo não põe a bola na cesta e a disputa será acirrada.
Em seguida, as derrotadas na semifinal, Lituânia e Sérvia. Esta esteve a quatro segundos de vencer a anfitriã Turquia neste sábado, mas uma má postura defensiva, que resultou em uma simples bandeja, custou-lhe a vaga na finalíssima. A Lituânia, por sua vez, fez o que pôde, mas superar os EUA é quase impossível. Outro jogo que promete ser sensacional e com uma diferença entre as duas equipes que é minúscula. Duas escolas historicamente muito fortes e que neste Mundial chegaram mais longe do que se esperava delas antes do torneio. E o fizeram com muitos méritos, ressalte-se. Um palpite? Sérvia leva o bronze.
Por fim, parando a Turquia, um confronto que parece ter saído do roteiro de um filme. De um lado, a seleção estadunidense, dona do melhor basquete do planeta, ganhadora de todos os títulos que já foram inventados, atual campeã Olímpica. Os EUA. O bastante para identificar este time. Do outro, a Turquia. Nunca ganhou nada, além de uma medalha de prata em um campeonato europeu. Mas que joga em casa, apoiada por um ginásio inteiro. E, talvez, por quase um mundo inteiro. Uma nação cantando que nunca abandonará seus 12 gigantes. Gigantes que trouxeram a bandeira turca à final invictamente. Guerreiramente, lutando até quando restavam 0.5 segundos de jogo contra a Sérvia. Uma nação contra um império, em todos os sentidos.
Quer mais algum ingrediente?
sábado, 11 de setembro de 2010
"Narrações inesquecíveis" - Riccardo Cucchi
Opa!
Me chamo Thiéres. Sou irmão de dois membros deste blog e fui convidado por um deles a escrever algo por aqui.
Na teoria, apesar de amar futebol e ser melhor que Juan, Pique, Cannavaro e Gil (entre outros) na zaga, não escreverei sobre futebol aqui. Meus esportes são outros.
Mas tenho uma grande paixão por rádio, principalmente locuções esportivas. Então essa tag "Narrações inesquecíveis" enche meus olhos e não poderia deixar de contribuir para ela!
Trago hoje uma locução que sempre me deixa arrepiado, não importa quantas vezes eu a ouça. É de uma rádio italiana, do locutor Riccardo Cucchi, no último pênalti da Copa de 2006. Começa a partir dos 30 segundos. Confiram abaixo a tradução.
"O homem encarregado de fazer a última cobrança de pênalti é Grosso, Fabio Grosso. Vai partir Grosso! É uma cobrança fundamental... Grosso! Reeeeeeeeede! Reeeeeeeeede! Campeões do Mundo! (4x) Pela quarta vez a seleção de futebol conquista o título de campeã do mundo: 34, 38, 82, 2006!"
Confiram também outras narrações, em ordem decrescente de importância e beleza, deste locutor:
- Juventus campeã da Liga dos Campeões em 1996
...
- Milan campeão da mesma em 2007
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
“Crônica F.C” – Les Bleus zidanaram
(perdoem o trocadilho infame do título e continuem lendo, ok?)
É absolutamente normal, e até compreensível, ver um time se desencontrando em campo após perder seu melhor jogador.
No Brasil, o exemplo mais recente é o Flamengo. O atual campeão brasileiro, sem Adriano e Vagner Love, não só tem o pior ataque do Brasileirão como também briga contra o rebaixamento. O São Paulo, em 2009, foi eliminado da Libertadores por um Cruzeiro guerreiro – mas será que daria no mesmo se o líder Rogério Ceni estivesse jogando? Sem falar na última Copa do Mundo: que falta fez um Ronaldinho Gaúcho...
Agora, o que não pode ocorrer é a prolongação desse desencontro.
Tudo bem, Zinedine Yazid Zidane talvez seja o maior jogador francês da história (este blogueiro, pelo menos, acha, com o perdão do Platini). Deu uma Eurocopa e um título mundial à França, carregou o time nas costas rumo à final em 2006, foi três vezes eleito melhor jogador do mundo e escreveu seu nome na história do futebol. Só que, hoje, quatro anos depois de sua aposentadoria, a Seleção Francesa não tem mais esse responsável por carregar o time nas costas.
Comecemos com a primeira competição pós-Zidane, a Euro 2008. Um empate sem gols com a Romênia, uma derrota por 2x0 para a Itália (campeã mundial em cima dos Bleus quatro anos antes) e outra por 4x1 para a Holanda deixaram a França em último no grupo C.
E o que dizer da campanha na Copa de 2010? Sem falar na classificação obtida na última partida, graças a uma jogada de vôlei do Henry, os franceses chegaram à África do Sul praticamente com um time de masters – média de idade de quase 30 anos. Resultado? Eliminação na primeira fase, e um patético 29° lugar na classificação final.
Então chegamos às eliminatórias para a Copa de 2014. No último jogo, vitória de 2x0 sobre a Bósnia, o que não chega a ser exatamente um feito. Agora, por favor, alguém me explique como uma seleção com um mínimo de decência consegue perder pra Bielorússia...
E aí, quem vai ser o carregador de piano? Benzema, que ainda não se firmou nem no seu clube, o Real Madrid? Govou, que saiu do fraco campeonato francês pra jogar no futebol grego, que consegue ser pior ainda? Toulalan? Ribéry? Quem chama o Gourcuff de “Petit Zidane” só pode estar me zuando... e outra, quem foi o animal que enxergou um camisa 10 no Malouda!?
Ah, que falta faz um Zidane de verdade...
É absolutamente normal, e até compreensível, ver um time se desencontrando em campo após perder seu melhor jogador.
No Brasil, o exemplo mais recente é o Flamengo. O atual campeão brasileiro, sem Adriano e Vagner Love, não só tem o pior ataque do Brasileirão como também briga contra o rebaixamento. O São Paulo, em 2009, foi eliminado da Libertadores por um Cruzeiro guerreiro – mas será que daria no mesmo se o líder Rogério Ceni estivesse jogando? Sem falar na última Copa do Mundo: que falta fez um Ronaldinho Gaúcho...
Agora, o que não pode ocorrer é a prolongação desse desencontro.
Tudo bem, Zinedine Yazid Zidane talvez seja o maior jogador francês da história (este blogueiro, pelo menos, acha, com o perdão do Platini). Deu uma Eurocopa e um título mundial à França, carregou o time nas costas rumo à final em 2006, foi três vezes eleito melhor jogador do mundo e escreveu seu nome na história do futebol. Só que, hoje, quatro anos depois de sua aposentadoria, a Seleção Francesa não tem mais esse responsável por carregar o time nas costas.
Comecemos com a primeira competição pós-Zidane, a Euro 2008. Um empate sem gols com a Romênia, uma derrota por 2x0 para a Itália (campeã mundial em cima dos Bleus quatro anos antes) e outra por 4x1 para a Holanda deixaram a França em último no grupo C.
E o que dizer da campanha na Copa de 2010? Sem falar na classificação obtida na última partida, graças a uma jogada de vôlei do Henry, os franceses chegaram à África do Sul praticamente com um time de masters – média de idade de quase 30 anos. Resultado? Eliminação na primeira fase, e um patético 29° lugar na classificação final.
Então chegamos às eliminatórias para a Copa de 2014. No último jogo, vitória de 2x0 sobre a Bósnia, o que não chega a ser exatamente um feito. Agora, por favor, alguém me explique como uma seleção com um mínimo de decência consegue perder pra Bielorússia...
E aí, quem vai ser o carregador de piano? Benzema, que ainda não se firmou nem no seu clube, o Real Madrid? Govou, que saiu do fraco campeonato francês pra jogar no futebol grego, que consegue ser pior ainda? Toulalan? Ribéry? Quem chama o Gourcuff de “Petit Zidane” só pode estar me zuando... e outra, quem foi o animal que enxergou um camisa 10 no Malouda!?
Ah, que falta faz um Zidane de verdade...
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
"Narrações Inesquecíveis" - Sílvio Luiz
A narração é sensacional.
O narrador, nem é preciso comentar. Aliar comicidade, realidade e emoção é para poucos e nisso Sílvio Luiz é mestre.
Confira sua atuação no Botafogo e Flamengo que decidiu o brasileirão de 92 em favor do rubronegro.
"[...]Miiiiiiiiiiiiiiiiiinha noooooooooooooooooooooooooooooossa Senhora! Pelas Barbas do Profeta! Ôooooooo Carlos Alberto Dias, não acredito[...]!"
Só que Carlos Alberto, esse gol perdido foi meio a la Wellington Paulista, não?
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
"Lembra dele no...?" - Diabo Louro da... Ressacada?
Era mais um dos “novos Zicos” na base do Flamengo. Habilidoso e franzino, o capixaba Sávio Bortolini Pimentel jogava tanta bola que, nas seleções de base, seu reserva não era ninguém menos que Ronaldo Fenômeno. Com 22 anos, já era titular do rubro-negro e fazia parte da seleção principal vice-campeã da Copa América.
Eis que, nesse mesmo ano – 1995 – começou a sina do Diabo Louro da Gávea: a de nunca ser protagonista nos grandes clubes onde atuou.
O que deveria ser a comemoração do centenário do Flamengo se tornou um verdadeiro presente de grego para a torcida. O “ataque dos sonhos” que também tinha Romário e Edmundo acabou se convertendo no “pior ataque do mundo”, e os desentendimentos de Sávio com o Baixinho foram decisivos para que o Diabo Louro fosse negociado com o Real Madrid.
Sávio passou os cinco anos seguintes entre os merengues, tornando-se o segundo brasileiro com mais temporadas pelo clube (perdendo apenas para Roberto Carlos). Teve muitas atuações boas no Real, mas as seguidas contusões não lhe permitiam oportunidades como titular. Acabou emprestado ao Bordeaux e, posteriormente, vendido ao Zaragoza.
E, cá entre nós, o Zaragoza NÃO é um dos maiores clubes espanhóis.
E o Sávio, jogando a bola que sabe, deu uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha aos Blanquillos, que o imortalizaram em seu hall da fama.
Mas daí foi só ladeira abaixo: teve um breve retorno ao Flamengo (10 jogos e nenhum gol), voltou à Espanha pra jogar na Real Sociedad (rebaixado), depois no Levante (rebaixado), ensaiou um retorno às origens na Desportiva Capixaba e, da última vez que eu ouvi falar nele, tinha assinado com o todo-poderoso (??) e invencível (???) Anorthosis Famagusta, representante do Chipre (!!!) na Champions League. Era a referência de todos esses times, mas, como se viu, não conseguiu fazê-los vencedores.
Ganhei o álbum do Campeonato Brasileiro hoje à tarde e, na página 11, descobri que o Sávio não só está jogando no Avaí como também é descrito como o craque da equipe na competição. O legal é que ele só jogou quatro partidas até agora, mas, aos 36 anos, ainda é capaz de ser chamado de craque – ainda que não tenha sido, até hoje, protagonista de um grande clube.
Eis que, nesse mesmo ano – 1995 – começou a sina do Diabo Louro da Gávea: a de nunca ser protagonista nos grandes clubes onde atuou.
O que deveria ser a comemoração do centenário do Flamengo se tornou um verdadeiro presente de grego para a torcida. O “ataque dos sonhos” que também tinha Romário e Edmundo acabou se convertendo no “pior ataque do mundo”, e os desentendimentos de Sávio com o Baixinho foram decisivos para que o Diabo Louro fosse negociado com o Real Madrid.
Sávio passou os cinco anos seguintes entre os merengues, tornando-se o segundo brasileiro com mais temporadas pelo clube (perdendo apenas para Roberto Carlos). Teve muitas atuações boas no Real, mas as seguidas contusões não lhe permitiam oportunidades como titular. Acabou emprestado ao Bordeaux e, posteriormente, vendido ao Zaragoza.
E, cá entre nós, o Zaragoza NÃO é um dos maiores clubes espanhóis.
E o Sávio, jogando a bola que sabe, deu uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha aos Blanquillos, que o imortalizaram em seu hall da fama.
Mas daí foi só ladeira abaixo: teve um breve retorno ao Flamengo (10 jogos e nenhum gol), voltou à Espanha pra jogar na Real Sociedad (rebaixado), depois no Levante (rebaixado), ensaiou um retorno às origens na Desportiva Capixaba e, da última vez que eu ouvi falar nele, tinha assinado com o todo-poderoso (??) e invencível (???) Anorthosis Famagusta, representante do Chipre (!!!) na Champions League. Era a referência de todos esses times, mas, como se viu, não conseguiu fazê-los vencedores.
Ganhei o álbum do Campeonato Brasileiro hoje à tarde e, na página 11, descobri que o Sávio não só está jogando no Avaí como também é descrito como o craque da equipe na competição. O legal é que ele só jogou quatro partidas até agora, mas, aos 36 anos, ainda é capaz de ser chamado de craque – ainda que não tenha sido, até hoje, protagonista de um grande clube.
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