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terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Aberrações futebolísticas" - Amaral marcando Zidane

Você pode se lembrar do Amaral de várias formas.

O volante esforçado e humilde, que trabalhou como coveiro antes de chegar às categorias de base do Palmeiras, e chegou a jogar na Seleção – foi medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.

O jogador com passagens vitoriosas por Palmeiras, Corinthians e Vasco – outras nem tanto por Grêmio, Vitória e Atlético-MG –, além de ter jogado em Portugal e na Itália.

Ou simplesmente o sujeito feio e ruim de bola, que alterna passagens pelo futebol australiano e do interior de São Paulo, que ficou famoso por ter perdido até o rumo de casa depois de tomar um elástico do Romário:



Mas a aberração presente nesse post nada tem a ver com o lance acima. Afinal, o pobre do Amaral estava no lugar errado na hora errada, já que, como sabemos, qualquer defensor de qualquer time está sujeito a tomar um olé do Romário dentro da área.

Agora, eu quero saber quem foi a ANTA que botou o Amaral pra marcar o Zidane.



Chega a ser engraçado, porque é o tipo de coisa que não acontece nem em pelada de final de semana – você sempre manda o pior do time atrapalhar todo mundo, mas nunca, NUNCA!, chegar perto do adversário melhorzão.

Essa bizarrice aconteceu numa partida entre Fiorentina e Juventus, em algum momento entre 2000 e 2001, e ganhou até comunidade no Orkut. Cá entre nós, não consigo pensar numa situação tão irreal nos dias de hoje. Talvez Thiago Heleno (ex-Cruzeiro, agora no Corinthians) marcando o Messi, ou talvez Domingos (ex-Santos, atualmente na Portuguesa) cercando o Cristiano Ronaldo...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Crônica F.C" - O adeus do Gigante!

Sob o sol amordaçante e habitual de um domingo da capital baiana, o Gigante de Aço foi implodido. A manhã delineava o nascimento de mais um dia comum em Salvador. Praia, botequim, churrasco, conversas e peladas... Tudo nos conformes.

Mas ele estava lá. Desolado, ressentido, triste. Não via a cor daquela redonda, desde o fatídico dia 25 de novembro, há quase três anos. Foram incompletos 50 anos e 11 partidas pela canarinho nas costas. Merecia um breve descanso.

Breve.

Saudade. O sentimento de amar um passado que ainda não passou, recusar um presente que nos machuca e não vê o futuro que nos convida, palavras do Neruda. É um tempo volátil, instantâneo, mas que carrega lembranças indeléveis de um amor fraterno. Eu sei, é um estádio. Um personificado amigo querido, a infância de muitos. É doloroso, sim, mas é preciso ser sentida, apreciada.

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem... Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis!", saúdo, aqui, o nobre Fernando Pessoa. Nossa “Fonte” é umas das tais coisas. A representação de nossas vidas.

Reina, canta, sofre, chora, dorme. Gritos, gols, frustrações, perdas e ganhos... A marca do guerreiro.

Não te conheci, profundamente. Arrependo-me. Posso contar, sem esforços, os meus comparecimentos. Não foi por falta de vontade, eu o subestimava. Acordava ao teu lado, sentia o calor de seus dias, de seus domingos, e depois cessava. De repente. Mea culpa, ausência de hábito. Mas não me esqueço do nosso dia: 14/12/2003. Tempo de glórias!

Não se aflija Gigante, a volta será intensa, reverberante, implacável! Um alento. Você perdurará em nossas gerações, será parte integrante de outras infâncias... É apenas o sol que será renovado. Quando acordar, verá vós a tua espera. O retorno será triunfante!



Jaz aqui, a minha despedida. Prematura, talvez. Mas sincera.


Para a nossa Fonte Nova.







"Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate..."

Trecho da música "Gostava tanto de você" - Tim Maia




domingo, 29 de agosto de 2010

"Olho na prancheta!" - Metamorfoses do Muricy

Bom povo! A “Prancheta” de hoje será destinada ao tricolor carioca. Os números no Brasileiro, deste ano, impressionam e refletem o desempenho implacável do Fluminense no primeiro turno. Até agora são 36 pontos em 16 jogos, média de 2,25 por partida. Já são 13 jogos sem perder (onze vitórias e dois empates). Um elenco que tem Fred, “quase reserva”, e Beletti, como opções no banco, não dá para ignorar...

De um anunciado rebaixamento, ano passado, a líder incontestável, em 2010, composto por estrelas, o tricolor vive um momento singular. A torcida não esperava uma recuperação tão repentina do time. A empolgação é o sentimento que ronda nas Laranjeiras... E tem muitas razões para tamanha excitação.

Começaram com a contratação do técnico perfeito, Muricy Ramalho. Trouxe a experiência e o espírito vencedor para o elenco. Os reforços de Emerson, Washington e, recentemente, Deco, foram pontuais. As atuações do melhor meia-armador do Brasil, Dario Conca, e do lateral -direito Mariano, contribuíram diretamente no rendimento da equipe. E detalhe... Sem Fred...

A formação tática do time me intrigou. Portanto, decidi analisar, taticamente, as variações que o Muricy pode (e deve) fazer na equipe. A entrada de Deco, tenderá a uma mudança no esquema de 3-5-2 para o clássico 4-4-2.


Vejam a escalação-base do Muricy (sem lesões):


No 3-5-2 (mais utilizado)
: Jogaria somente com um volante de contenção, devido a entrada de Deco.






No 4-4-2: O zagueiro, André Luís, seria sacado do time para a entrada de mais um volante. Pode ser o Belletti.




sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Crônica F.C." - 300 de Spa

Eu botei na minha cabeça que esse teria que ser um baita texto. A carga emocional que existe por detrás dessas palavras é enorme e não há a menor demagogia minha ao escrever isso. Ayrton Senna dizia que correr e competir estavam em seu sangue. Fazia parte de sua vida e vinha antes de todo o resto. Eu digo o mesmo, mesmo que não venha conseguindo treinar e ir pro Kartódromo como gostaria. O que me conforta é saber que direta ou indiretamente essa paixão vem me guiando.

Por isso, esse final de semana vai ser especial. Um dos maiores responsáveis por alimentar em mim esse sentimento completa um marco em sua história. Domingo, 29 de agosto, certamente ficará na minha memória. O dia dos 300 grandes prêmios de Rubens Barrichello na Fórmula 1.

Rubinho é um caso raro na história de nosso automobilismo. Mago da chuva, levou multidões à Interlagos, porém foi criticado na mesma proporção. Guiou carros ruins e operou milagres, mas foi justamente quando teve o melhor carro do grid que mais sofreu. Durante anos carregou um pesado fardo, o de ser o novo “Senna”. Fardo esse que acabou trazendo conseqüências, nem sempre boas, pra sua carreira.

Lembro-me perfeitamente da primeira corrida que vi de Barrichello. Grande Prêmio do Brasil de 1999. Lá se vão 11 anos, 12 temporadas e 201 corridas. Rubens e sua Stewart Ford chegaram a liderar a prova. Só que um motor estourado acabou com a festa do piloto e da torcida brasileira. Porém, pra um menino no alto de seus 8 anos bastou.

Hoje parando pra pensar, a configuração da minha vida atual se deve à essa corrida. E é simples constatar isso. Não fosse essa corrida, eu não teria começado a pilotar karts, não teria tentado fazer engenharia, não teria largado a maldita engenharia e começado o amado jornalismo. Aquela corrida foi o início, mas se Barrica não tivesse correspondido não adiantaria nada. Os meninos crescem e as vontades mudam.

Fato é que o tempo passou e eu continuo com minha paixão infantil.

Nesse tempo, vi shows dignos de um campeão dados por Rubinho. Vi corridas sensacionais como o GP da França do mesmo 1999 no qual Barrichello dá um “x” antológico em Schumacher; vi a vitória mais espetacular de um piloto nos últimos 20 anos, aquela, a primeira em Hockemheim 2000, onde o brasileiro largando em 18º, vence, segurando sua Ferrari por mais de 10 voltas com pneus para pista seca numa pista úmida; vi as ultrapassagens sobre os Schumacher em Barcelona; vi mais vitórias em Silverstone, Suzuka, Valência, Nurburgring e Monza; vi as várias poles; vi os dois vice-campeonatos, os vários pódios e até algumas tristezas como as de Interlagos.

Mas, no final o saldo é positivo.

Manter a vontade por 18 temporadas seguidas no “circo” não é fácil, pressões vindas de todos os lados, tentações que até campeões do mundo não conseguiram suportar. Mesmo o título ainda não vindo, Barrichello mostrou que é grande, rápido e competente. Mesmo sendo criticado por uns, gozado por outros, mostrou que sabe sim dar a volta por cima e está aí.

Parabéns, Rubinho. Nesses 300 GP´s a Fórmula 1 te deu muita coisa, mas você ensinou mais. Ensinou o valor de ser honesto e o quão gratificante é se fazer o que gosta.

#tamojunto

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Narrações Inesquecíveis" - Galvão Bueno

"Futebol, aforismos e afins" diz o título do blog. Pois é. Afins. Por isso, Fórmula 1 também faz parte disso aqui.

E quando os primeiros carros partirem para pista em Spa-Francorchamps, Bélgica, amanhã, Rubens Barrichello participará de seu TRICENTÉSIMO final de semana ou, como preferirem, tricentésimo Grande Prêmio como piloto da principal categoria do automobilismo mundial.

Em homenagem, a Narração Inesquecível de hoje é essa. A primeira vitória de Barrichello em Hockemheim, 2000.


"Aí, vem Rubinho na ponta dos dedos. Rubens, Rubens, Rubens Barrichello do Brasil! Ruuuuuuuuuuubens Barrichello do Brasil vence de forma brilhante o Grande Prêmio da Alemanha! Chegou o dia."

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Lembra dele no...?" - Culpa do provérbio


Blogueiros do J.F.C! Hoje, estamos estreiando mais um quadro ("Lembra dele no...?"). Abordaremos histórias peculiares de jogadores e ex-atletas e seus respectivos paradeiros! O primeiro post é sobre a saga do ala Maurinho.

Não existe aquele clássico provérbio: “Diga-me com quem tu andas, e eu direi quem tu és”?? (é ao contrário, mas tudo bem...).

Para o lateral-direito Maurinho, 31 anos, é a retratação ideal de sua carreira futebolística... Aquele mesmo do time de Robinho e Cia de 2002 e de Alex e seus amigos de 2003. O atleta é um legítimo conquistador de brasileiros (já venceu três vezes), foi parte integrante da jovem equipe, recheada de talentos, da baixada santista, em 2002, do épico time do Cruzeiro, de 2003, e do sólido sistema defensivo do São Paulo de 2006.

Seu paradeiro era algo que me instigava. Após uma repentina passagem pela Raposa, em 2
008, devido as suas crônicas lesões, Maurinho sumiu do cenário nacional. Mais uma passagem relâmpago pelo Náutico no ano seguinte e... Nada. As contusões persistiam e a aposentadoria parecia iminente. Até que o modesto Esporte Clube Pelotas-RS o contratou no início de 2010, para a disputa do Gauchão. Não fugiu do “script”, mais uma dispensa e sua respectiva carreira sucumbindo, gradativamente.

Suas principais características eram o vigor físico e o intenso apoio ao ataque. Triste paradeiro para um tricampeão brasileiro. A imprevisibilidade do futebol é fascinante! Como explicar que o atual melhor lateral direito do mundo, Maicon, já foi reserva de nosso personagem? Pois é... Causos do futebol! Em 2003, Maurinho era considerado o titular da posição e Maicon, apenas um jovem emergente e com um futuro promissor. Sete anos depois, O garoto atua em um dos melhores times da atualidade e é o titular incontestável da seleção canarinho, enquanto que o nosso querido Maurinho... Vocês já sabem.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

"Aberrações futebolísticas" - Boca Juniors 0 vs. 1 Paysandu

Perguntei pro meu irmão de 14 anos se ele conhecia um time chamado Paysandu. E ele me responde, na lata: “é do sul, né?”. Er... na verdade, o clube é de Belém do Pará, e (diz o Datafolha) tem a maior torcida do norte do Brasil. Hoje, o Papão da Curuzu joga a terceira divisão, e, se você tem mais ou menos a mesma idade do meu irmão e mora no sul ou no sudeste, provavelmente nem vai se lembrar do tempo que eles jogavam a Série A.

Agora, se eu tivesse perguntado sobre o Boca Juniors, com certeza o pirralho teria dado uma resposta mais decente, citando o domínio sul-americano dos xeneizes na última década. Aliás, se eu fizer essa mesma pergunta a algum tarado pelo futebol argentino (ou ao PVC mesmo), essa pessoa não só vai citar as glórias e os craques que passaram pelo Boca, como também as conquistas de seis Libertadores, três Mundiais, duas Copas Sul-Americanas e 23 Campeonatos Argentinos.

Até 2003, pela Libertadores, apenas dois times brasileiros tinham vencido os argentinos em La Bombonera: o Santos, que tinha um rapaz chamado Pelé, e o Cruzeiro, com um tal de Ronaldo. Naquele ano, o Paysandu chegou em Buenos Aires para disputar a partida de ida das oitavas de final com a moral de quem tinha se classificado como líder do grupo (e enfiando 6 gols no Cerro Porteño, segundo colocado). Mas, a bem da verdade, continuava sendo o Paysandu...

E aí, o que acontece? Iarley, Robgol e companhia, para assombro geral de qualquer pessoa que acompanhe o futebol, conseguiram o impossível: venceram por 1x0, e com dois jogadores a menos!!! (Cliquem aqui e vejam com seus próprios olhos)

No jogo de volta, em Belém, o Boca tinha esquecido a zebra na Argentina e venceu por 4x2. Acabaria campeão da Libertadores. E o único que não deve ter ligado foi o Iarley, que, logo após o título, foi contratado pelo Boca e ajudou o clube a vencer o Mundial no fim do ano.

domingo, 22 de agosto de 2010

"Imagem da semana" - Minha camisa vermelha




Não tinha como. É inevitável. A imagem da semana é, sem dúvida, a comemoração do bicampeonato da Libertadores pelo Internacional. Até que tentei pensar em outra... A ultrapassagem de Barrichello?? A barriga bizarra de Ronaldo?? Cesar Cielo e sua medalha de ouro no Pan-Pacífico?? Acho que não... Nada supera o orgulho dos colorados!

A foto remete a um dos times brasileiros mais vitoriosos desta década, evidencia a competência dos gaúchos, frente ao oligopólio do eixo Rio-SP, e prova que o protecionismo no futebol, desta vez, foi ofuscado.

“Inter, estaremos contigo...
Tu és minha paixão!
Não importa o que digam
Sempre levarei comigo
Minha camisa vermelha...
E a cachaça na mão
O Gigante me espera...
Para começar a festa!
Xalaialaiaa,
Xalaialaiaa,
Xalaialaiaa!
Você me deixa doidão!
Xalaialaiaa,
Xalaialaiaa,
Xalaialaiaa!
Inter do meu coração!
Xalaialaiaa,
Xalaialaiaa,
Xalaialaiaa!”

PARABÉNS, INTER!

"Aforismos & Afins" - O útimo suspiro


Meia noite.

Cheiro de chuva, silêncio e solidão. Foi em uma noite assim, que me deparei que estava chegando. Não ouvia mais nada. Benjamin me disse que seria minha última primavera. Ele descobriu naquele maldito rádio, a previsão dos últimos segundos. Por que me disse isso? Já se fora as últimas lágrimas, não há mais tempo. O desastre estava próximo, ao menos, encontraremos nossa mãe. Que saudade da aurora de minha vida! A infância e as lembranças irão se consumir em pó, todos os anseios, vontades e sonhos viajarão naquela escuridão. Tudo se perderá, e eu nem cheguei aos meus 30 anos!

Ouvi um estampido! Onde está Benjamin? Ele sumiu. Aquele miserável! Deve estar se escondendo do inevitável. Qual será a finalidade de ficarmos enclausurados aqui, esperando a morte chegar? Não temos o poder de alterar o curso do Universo, estamos pagando o preço.

O som da escada. É ele! Não, não pode ser! Era a vidraça caindo aos pedaços em meio aquela ventania. Tentei me segurar, inutilmente, no vão da porta. Não há mais o que fazer! Não sou eu que estou partindo, é o que resta dentro de mim; se esvaindo. Benjamin, que Deus o tenha! Mas saiba, foi culpa do rádio.

sábado, 21 de agosto de 2010

"Olho na prancheta!" - A 1.672º geração de Wenger!

Começa a nova temporada do Campeonato Inglês! Sem muitas surpresas e o óbvio prevalecendo... Manchester United, Chelsea, Arsenal e Liverpool seguem como favoritos. Logo atrás, no clássico segundo pelotão, estão o Tottenham e o Manchester City.

Há uma semana, os Gunners empataram com o Liverpool no primeiro clássico da temporada. A chegada do marroquino Chamakh pode resolver o problema do homem de referência (Bentner não dá!). A dispensa de alguns jogadores veteranos do setor defensivo e a promoção de jovens da base, rejuvenescerá ainda mais o time de Arséne Wenger. Qualidade técnica, a equipe detém, a grande questão é o poder de decisão no momento final.

Hoje, pude acompanhar a goleada de meia dúzia sobre o fraco Blackpool e constatei que o poderio ofensivo do time é invejável! O setor defensivo ainda precisa de alguns ajustes... Como um zagueiro e um goleiro.

O experiente Arséne Wenger deve ter como base, este time:





E ainda possui suplentes sólidos e de boa qualidade técnica como: Rosicky, Nasri, Vela, Denilson, Ramsey entre outros...

Será que desta vez, o jejum de sete anos sem um título da Premier League sucumbirá? É bem provável que os Diabos Vermelhos e os Blues largam na frente, nesta briga, todavia é inegável a força e a tradição que o Arsenal possui.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Crônica F.C." - De quase segundino a bi da Libertadores

Meu post de estreia aqui no blog. Aew! =D

Enquanto uma galera vestindo vermelho comemorava sua segunda Libertadores em quatro anos, eu, deitado confortavelmente no sofá da minha casa, comecei a rir. Não porque houvesse algum palhaço comemorando, e menos ainda porque o Celso Roth conquistou a América antes de muitos times grandes do país (se bem que isso REALMENTE provoca risos), mas porque eu lembrei que, no começo da década, o Inter quase caiu pra segunda divisão.

Enquanto gremistas acompanhavam o time chegando às semifinais do Campeonato Brasileiro de 2002, quando só foram parados pelo futuro campeão Santos, os colorados comemoravam os dois pontos que os separavam da Portuguesa, o primeiro colocado da zona de descenso (ta aí a Wikipédia que não me deixa mentir). Já vi muita gente dizendo que, quando um clube grande é rebaixado, volta mais forte pra primeira divisão – começando por palmeirenses e botafoguenses, que caíram nesse mesmo ano.

Mas o Inter NÃO precisou cair para voltar mais forte.

O perigo do rebaixamento fez a diretoria tomar vergonha na cara e montar um planejamento decente para as temporadas seguintes. Em 2003, ano do centenário do rival, terminou o campeonato em 6º lugar, e, em 2004, quem caiu foi o Grêmio, com o Inter em 8º.

O Inter só não foi campeão brasileiro em 2005 porque dois juízes marcaram gol contra. O primeiro, obviamente, foi Edílson Pereira de Carvalho, com seu envolvimento num esquema de manipulação de resultados. O outro foi Márcio Rezende de Freitas, que, ao ignorar uma tentativa de assassinato contra o volante Tinga (e o expulsando por reclamação) no jogo contra o Corinthians, entregou o troféu no Parque São Jorge, e o Inter ficou com o vice.

Em 2006, a realização. Por mais que o São Paulo quisesse manter o título de campeão da Libertadores, a taça foi parar no Beira-Rio. No fim do ano, em Yokohama, veio o título mundial sobre o todo-poderoso Barcelona. Em 2007, conquistou a Recopa Sul-Americana. Em 2008, se tornou o único clube brasileiro a vencer a Copa Sul-Americana, enfrentando o Estudiantes, que venceria a Libertadores no ano seguinte. Na comemoração do centenário, em 2009, o Inter quase foi campeão brasileiro, mas o Grêmio deu o título de bandeja ao Flamengo, perdendo o último jogo por 2x1 (jogando com o time reserva) e deixando os colorados com o vice.

Por fim, o bi da Libertadores em 2010.

E o que a gente pode concluir disso tudo? Esse gremista aqui tem um desabafo a fazer:


A única coisa que eu discordo na fala desse cidadão é que Deus vestiu a camisa do Inter. Se crenças religiosas interferissem no futebol, São Paulo e Santos, por exemplo, jamais teriam perdido um jogo na vida. Quem vestiu a camisa foram a diretoria, que se aproximou da torcida, e os jogadores, que voltaram pro segundo tempo da final para disputar o jogo de suas vidas. Mas talvez Deus realmente tenha dado uma mãozinha – incrível como quase todas as contratações deles deram certo. Você gostaria, por exemplo, de ver o Nei no seu time? Alecsandro? Ou que seu técnico seja demitido na semifinal da Libertadores para vir o Celso Roth?

O sucesso do Inter deixa ainda mais óbvio que planejamentos bem-feitos são fundamentais para o sucesso dos clubes. E aos colorados, outrora ameaçados pelo rebaixamento, só resta comemorar os cinco títulos em quatro anos.

"Curiosidades do J.F.C" - O nascimento da bola

Nada mais justo e coerente, começarmos esta nova sessão do J.F.C, explicando alguns fatos históricos de nosso querido esporte!
26 de outubro de 1863. Uma data aparentemente incomum em Londres... Até acontecer uma reunião sem muitas intenções, apenas um bate-papo, entre 12 clubes de escolas londrinas em uma pequena taberna. Mas foi de lá que nasceu a Federação de futebol mais antiga do mundo, a Football Association, órgão dominante na Inglaterra, até hoje.



A PRIMEIRA PARTIDA OFICIAL: “14 do presidente”


O primeiro confronto oficial e sob a égide da Football Association, aconteceu no dia 9 de janeiro de 1864, no Battersea Park. Uma disputa de 14 jogadores para cada lado, já que as regras não estabeleciam número-limite de atletas. Um dos times era um combinado escolhido pelo, então presidente da FA, Ebenezer Cobb Marley, com os melhores jogadores da época. O felizardo adversário era o time do secretário da associação, Arthur Pember. Resultado? O óbvio mesmo... Meninos do presidente, 2 a 0.



O CAMPEONATANO MAIS ANTIGO DA HISTÓRIA


FA CUP, nasceu em 1872 e é considerada como a primeira competição oficial do futebol. Na primeira edição do torneio, foi feita uma copa no estilo mata-mata e teve 15 times inscritos. O campeão foi os Wanderers (venceram, por 1 a 0, os Royal Engineers). Atualmente, a FA Cup é conhecida como o campeonato mais democrático do mundo, abrangendo, aproximadamente, 700 clubes!


O MAIS VELHO DO MUNDO

Não foi nenhum Manchester United, muito menos um Arsenal, o clube mais antigo do mundo é o Sheffield F.C, fundado em 1857! Atualmente, o clube está na nona divisão do futebol da Inglaterra.





E O DO BRASIL??




Claro que não podia faltar esta pergunta! E a resposta não vem de nenhum dos tradicionais clubes, vem lá dos pampas gaúchos. É o Sport Club Rio Grande, fundado em 19 de julho de 1900, por iniciativa de um alemão, apreciador do esporte, por causa disto, a respectiva data se tornou o Dia Nacional do Futebol.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Jogando por Música" - Hino do Inter - Rock

Precisa dizer por quê?



"Segue tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil!"

"Narrações Inesquecíveis" - Pedro Ernesto Denardin

Na noite desta quarta feira, 18/08, O Sport Club Internacional sagrou-se bicampeão da Libertadores da América ao bater o Chivas do México por 3 a 2 no estádio do Beira-Rio.

No entanto, o destaque da sessão "Narrações Inesquecíveis" de hoje é justamente o primeiro título da competição mais importante das Américas conquistado pela equipe gaúcha.

Confira a polêmica narração do segundo gol da equipe colorada feita por Pedro Ernesto Denardin durante o último jogo das finais da Libertadores 2006 no Morumbi.


"[...]O Inter rasga a camisa do São Paulo e pisa em cima dela. O Inter humilha o campeão do mundo, um campeão do mundo destroçado pelo futebol do Internacional, um campeão do mundo que começa a morrer definitivamente[...]."

Simplesmente sensacional.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A bagaça em quatro cabeças e... organizada!

Caros blogueiros e blogueiras, companheiros e companheiras, eu e o nobre parceiro do Jornalheiros, Guilherme Pedrosa, temos duas (aliás, três) boas novidades para o nosso espaço! Após um período de indefinição, resolvemos, finalmente, discutir o cronograma das nossas sessões! A frutífera conversa teve resultados e esperamos seguir a tabela, no mínimo, com afinco e disciplina.

Seções do J.F.C:

Segunda: “Que beleza!” – Quadro destinado a lances épicos, que marcaram a história do esporte.

Terça: “Aberrações futebolísticas” – Como o próprio nome já diz: fatos curiosos sobre o futebol, resultados inusitados, jogadas e jogadores estranhos, etc.

Quarta: “Lembra dele no...?” – Semelhante ao quadro do jornalista Milton Neves, a única diferença é que abrangerá não só ex-jogadores, como os que estão em atividade.

Quinta: “Narrações inesquecíveis” – Colocaremos narrações que marcaram época... Inesquecíveis, mesmo...

Sexta: “Curiosidades” - ...

Sábado: “Prancheta” – Esta sessão será nosso momento treinador! Analisaremos, taticamente, formações, esquemas de times do passado e do presente.

Domingo: “Imagem da Semana” – A imagem mais inusitada, singular e representativa da semana!


Em definição:

- “Vídeos”: falta definir roteiros, periodicidade, modo de gravação.

- “Crônica F.C”: falta definir periodicidade.

- “Jogando por música”: uma vez por mês, falta definir dia específico.

A outra novidade (sugerida há 10 minutos pelo Pedrosa) é fazer um quadro de transferências absurdas e fictícias! O possível nome da sessão é “Jaeci Carvalho”, jornalista mineiro e colunista do “Estado de Minas”, em seu espaço, no jornal, ficam localizados os furos mais sensacionalistas e impossíveis que existem! Daí, a inspiração para o nome.

Nota:

O Pedrosa postou recentemente, mas só para ratificar, a nova contratação do J.F.C, Matheus Killer, já fez os exames médicos e será apresentado no mais tardar, sexta-feira. Está adquirindo forma física e poderá estar apto a escrever já na próxima semana! Contratação de peso, oriundo das longínquas terras da Uni-BH.
Outro nome especulado é a do avante atleticano Edward (Mãos de Tesoura II) Magalhães. Pedrosa já apurou e conversou com seu agente sobre a possibilidade de sua integração. Falta só assinar.

Janela de Transferências e Especulações

Como muitos times vêm fazendo por aí, nossa equipe também está mais forte.

A partir de ontem, 17/08, o Jornalheiros F.C. está com o quadro renovado!

O picareta Matheus Killer, cruzeirense e estudante do 8º período de Jornalismo do Uni-BH, é a mais nova adesão do blog, mais um olheiro pra comentar e cornetar sobre o mundo das quatro linhas e esportes em geral.

Seja bem vindo, Marmota.

Falando em picaretagem, outro membro poderá se integrar ao J.F.C.! O presepeiro-mor do 4º período da Faculdade Estácio-Bh e atleticano, Edward Magalhães. Segundo seu empresário, faltam apenas detalhes contratuais para que o estagiário do "Aqui Esportes" da TV Horizonte seja anunciado.

Em breve, maiores novidades.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Aberrações Futebolísticas" - Vítor no Real Madrid



Como o próprio nome da sessão já diz "Aberrações Futebolísticas" trará ao leitor fatos curiosos sobre o futebol, resultados inusitados, jogadas e jogadores estranhos, etc.

Resumindo, pura bizarrice.

O futebol é uma benção.

Entenda o porquê.

Claudemir Vítor, ou simplesmente Vítor, é um ex-lateral direito brasileiro com passagens por São Paulo, Cruzeiro, Botafogo, Vasco, Corinthians e Real Madrid. Tem como títulos principais 4 Copas Libertadores, 1 Mundial Interclubes, 1 Copa do Brasil e 1 Campeonato Brasileiro.

Números normais e até expressivos, não fossem alguns detalhes: o primeiro, o futebolzinho do lateral e o segundo, sua rápida passagem pela equipe espanhola.

Depois da Libertadores de 93 conquistada pela equipe do Morumbi, o clube madrilenho através de olheiros recebe passagens que seria interessante a contratação do lateral direito titular da equipe campeã da América, isso mesmo, "lateral direito titular", sem especificação pelo nome.

Prontamente, o clube espanhol parte em negocição com o São Paulo que espertamente ao invés de oferecer Cafú, o então titular, oferece Vítor que acaba assinando com "Los Blancos" por US$ 1,5 milhão.

Não demorou muito e o "golpe" tricolor foi descoberto pela direção madridista que devolveu o jogador. Mesmo assim, a bobagem já estava feita e Vítor, considerado a pior contratação da história do Real, tendo ficado por lá não mais que alguns meses, disputado apenas 3 jogos e bem antes do término da temporada 93/94 já estava de volta ao Brasil.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Que Beleza!" - Inusitado, mas eficiente!



Para nossos blogueiros compreenderem melhor, o "Que Beleza!" será uma sessão semanal, relembrando lances épicos que entraram para a história do nosso futebol!

Em homenagem aos tricolores gaúchos e cariocas, o personagem da semana é o atual técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, folclórico jogador e ídolo do time. Ex-ponta direita, sua passagem pelo tricolor gaúcho durou cinco anos (1982-1987) e foi marcada pela conquista dos títulos da Libertadores e do Mundial Interclubes, ambos em 83. Sua irreverência e seu comportamento fora das quatro linhas foram preponderantes na sua não convocação de Telê Santana para a Copa do Mundo de 1986.

Todavia, o gol de hoje foi quando Gaúcho fez o famoso gol de barriga na final do Campeonato Carioca de 95, contra o Flamengo, há quatro minutos do fim da partida, evitando que o título fosse para a Gávea.

Renato ainda conquistou a Bola de Ouro da Placar (prêmio muito contestado) da edição do Brasileiro de 87.

Vejam o gol aqui no Jornalheiros!





"Imagem da Semana" - Escobar + 10























Presentinho da comissão técnica.

Diríamos que essa seria uma cena inimaginável pouco mais de 30 dias atrás...


Foto: Bernardo Eyng/Globoesporte.com

"Crônica F.C." - Manifesto capitalista



Ontem, estava confabulando com meu nobre companheiro de blog, Guilherme Pedrosa, sobre o que falaríamos nos primeiros “posts” do Jornalheiros F.C. Confesso que faltou imaginação, simplesmente não consegui ver nada intrigante, tentei um Pink Floyd para servir de inspiração e... Nada. Até que, a minha costumeira viagem pela internet, me remeteu a assunto muito pertinente. As ”montanhas de dinheiro” que o futebol oferece.

Segundo o tablóide inglês “The Sun”, o avançado Zlatan Ibrahimovic, do Barcelona, foi seduzido pela proposta mais indecente já vista no esporte. Um contrato de quatro anos no valor total de 96 milhões de libras (R$ 264 milhões)! Simplificando, R$ 5,5 milhões de reais por MÊS. O responsável por essa fábrica de dinheiro é o mutimilionário, Mansour bin Zayed Al-Nahyan, dos Emirados Árabes, presidente do Manchester City. Não satisfeito com os laterais Aleksander Kolarov e Jerome Boateng, os meias Yaya Touré e David Silva e o atacante Mario Balotelli, recém-contratados pelo time inglês, os “Citzens” ainda ambicionam o artilheiro sueco. Ninguém é louco de recusar uma oferta destas, não é? Mas parece que Ibra é insano mesmo. A quantia não foi “suficiente” para seduzir o atleta para o futebol inglês. Tudo bem, jogar com Messi, Xavi, David Villa, Iniesta, entre outros é mais fácil, além de que, se transferir para um time emergente e em formação, como o City, seria um regresso. Todavia, não nestas circunstâncias, não acham?

Teoricamente, os altos salários no mundo do futebol promoveriam mais competitividade dos atletas nos campos, mas não é o que acontece. Há alguns meses atrás, me deparei com uma notícia, no mínimo, impressionante. O atacante Washington tinha perdido espaço no São Paulo, na época, comandado pelo técnico Ricardo Gomes, e insatisfeito com a reserva, disse que estava “desmotivado” e infeliz para jogar. Ora, convenhamos, como um atleta que joga uma, duas vezes por semana, e ganha mais de 100 mil reais por mês consegue ficar desmotivado? Muitas vezes, jogadores ficam meses em inatividade, devido a lesões, e continuam ganhando demasiadamente. O pior é que ainda existem técnicos que “poupam” seus atletas de jogos, alegando cansaço. Como? Eles só fazem jogar bola!

Voltando as transações mirabolantes do futebol, outra “bomba” desta semana é a possível ida do garoto Neymar, para o Chelsea-ING por R$ 67,5 milhões de reais, segundo o pai do atleta, selaria a sua independência financeira (se é que já não está). Como um jovem de 18 anos, oriundo de classe menos favorecida, em menos de um ano pode se tornar um dos mais ricos do planeta? Isso, nem loteria proporciona!

Desde o advento dos ideais capitalistas e do pensamento neoliberal, as conseqüentes desigualdades sociais surgiram como um empecilho no novo sistema vigente. O futebol é apenas uma representação deste problema crônico mundial, que mesmo com a forte recessão econômica, continuava e permanece prosperando. Estes contratos exorbitantes são possibilidades de ascensão social para muitos jovens de baixa renda e servem como um alento, frente a uma realidade sem perspectivas.

Já dizia Karl Marx que, no capitalismo, tudo vira mercadoria. E é exatamente o que ocorreu com o futebol. Há décadas atrás, os jogadores eram admirados pelos seus times, estabeleciam vínculos sinceros, recebendo salários “dentro dos padrões”, não enriqueciam à custa das ilusões da grande massa. Basta o futebol deixar de ser mercadoria e uma confluência de interesses, que estrelas do esporte deixarão de ganhar quantias inimagináveis.

domingo, 15 de agosto de 2010

"Crônica F.C." - Pagar um Café

Primeiramente, era para eu escrever um texto sobre algum acontecimento histórico ligado ao futebol, não consegui. Um fato me incomodou profundamente durante a semana inteira. Mesmo não tendo relação nenhuma com futebol percebi que seria o mote do meu texto sobre o esporte mais popular do planeta.

Essa semana fiz a vistoria e o emplacamento do meu carro e me senti em “Tropa de Elite”. Vi que o “sistema” funciona, mas é corrompido. A possibilidade de se obter vantagens escusas é infinita, uma rede de influência absurda que se resume em uma frase, “paga um ‘café’ pra fulano ou beltrano que aliviam pra você.”

Isso me lembrou o futebol. Corrupção e hipocrisia. Não é necessário pensar muito pra se lembrar de inumeráveis casos de envolvimento da cartolagem com “mutretas.” O imperador do nosso futebol e eterno presidente da CBF, Ricardo Teixeira, há menos de 10 anos estava envolvido até o pescoço com uma CPI que investigava irregularidades na venda de jogadores para a Europa, contratos de patrocínio, desvios previdenciários e sonegação. Parecia que os problemas de obscuridade em nosso futebol seriam resolvidos. Teixeira foi ouvido, além de inúmeros presidentes de federações estaduais, clubes e alguns jornalistas. A maioria conseguiu se safar, um ou outro foi pego como bode expiatório, exemplo, o presidente da Federação Mineira de Futebol, Elmer Guilherme.

Outros mais espertos e até mais perigosos deram o ar de sua graça até quando puderam. Eduardo Viana, o Caixa d`água, que mandava e desmandava no futebol carioca até pouco antes de sua morte em 2006; Alberto Dualib, ex-presidente do Corinthians e responsável pelo vexame do campeonato brasileiro de 2005, o mais vergonhoso e comprado da história; Eurico Miranda que nos brindava com pérolas como “Sempre digo lá em Brasília que não sou representante do povo. Sou representante do Vasco” nos seus tempos de deputado(!) federal; sem contar Zezé Perrella que nunca consegue explicar as “engenharias” de suas transações mirabolantes...

“Bom seria” se fossem apenas os cartolas, mas, volta e meia, funcionários de clube estão envolvidos em negociações estranhas. Maior exemplo disso é o tarimbado e decadente técnico do Clube Atlético Mineiro, V(W?)anderle(i??)y Luxemburgo, envolvido na mesma CPI de Teixeira e que sempre tem seu nome ligado a problemas e escândalos que vão de falsidade ideológica à fraude eleitoral passando por irregularidades no agenciamento de jogadores.
Para se ter idéia, a última acusação referente ao treinador diz respeito sobre um suposto calote dado por ele e seus sócios aos seus franqueados do IWL, Instituto criado pelo treinador em 2008 para formar profissionais para o futebol, mas que teve vida curta.

Continuando na “Cidade do Galo”, outro personagem interessante é o Presidente do clube, Alexandre Kalil. Não, não, o mandatário alvinegro nunca teve seu nome relacionado a algo suspeito no futebol. Muito pelo contrário, sempre foi tido como um defensor da ordem no esporte. Lembra quando eu disse de corrupção e hipocrisia? Pois é.

“Kalilzinho Light” incorporou o mundo do futebol. Bradava aos quatro ventos sua insatisfação contra a idoneidade de entidades como a CBF e a FMF. Acusava outros clubes de corrupção e formação de quadrilha e com o dedo em riste ameaçava árbitros. Porém, era teatro como quase tudo no futebol. Como bom cartola, não fugiu do script e deu uma banana pra tudo que defendia como consta na reportagem de Hoje em Dia de 23/03 do repórter Gláucio Castro:

"Desafetos há dez anos, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, selaram a paz. A convite do próprio Teixeira, os dois tiveram um encontro segunda-feira na sede da entidade no Rio de Janeiro. Após a reunião, Alexandre Kalil, fez questão de deixar claro que as divergências do passado já foram superadas.

Quando era presidente do Conselho Deliberativo do Atlético no início dos anos 90, Alexandre Kalil disparou várias críticas contra a entidade, muitas delas direcionadas ao presidente Ricardo Teixeira. “Acertamos que o Atlético tem que ser inserido com carinho dentro da CBF, o que passou, passou. Obviamente, se ele me chamou, é porque está disposto à paz, e o Atlético não é um clube que briga beligerante, não. O Atlético é um clube que briga por seus direitos. Quando não há motivo, a gente aproxima”, disse Kalil em entrevista à Rádio Itatiaia."

O futebol é uma festa, só resta saber se regada à pizza ou café...